O apagão que atingiu 220 mil imóveis na quarta-feira, durante a passagem do ciclone pelo litoral catarinense, ainda prejudica seis cidades da Amfri. São 30 mil unidades consumidoras sem energia há mais de 30 horas.

Os moradores da rua Alagoas, em Piçarras, sabem bem o que é voltar, literalmente, à idade das trevas. Um galho de árvore caiu na fiação provocando o apagão na rede na manhã de quarta-feira. “A Celesc esteve aqui, desligou os fios e foi embora. Era pra voltar à tarde e até agora nada”, lamenta um morador.

No início da noite desta quinta-feira, os moradores se preparavam para a segunda noite de apagão. “Estamos sem internet, sem luz, sem água e não tem previsão de normalizar. Já vamos para dois dias e duas noites sem energia. As coisas na geladeira e no freezer vamos perder”, conta.

O gerente Regional da Celesc, Pedro Molleri, confirmou ao DIARINHO que o caso da rua Alagoas não é isolado. Até às 16h de quinta-feira, a região ainda tinha 30 mil imóveis às escuras.

Os principais problemas estão em Balneário Piçarras, Penha, Navegantes, Camboriú, Itapema e Barra Velha. “Teremos regiões sem energia até amanhã [sexta] ainda, com certeza”, avisou.

Aulas em BC

A secretaria de Educação de Balneário Camboriú informou que na manhã de quinta-feira sete das 44 unidades da rede municipal estavam sem luz e sem aulas. No período da tarde, somente os NEI Santa Clara, NEI Pioneiros e  NEI Vovô Alécio estavam com problemas. Nesta sexta, as aulas seguem suspensas no Pioneiros e Vovô Alécio.

Boca da barra segue fechada

A ressaca que atingiu à  região nesta semana ainda deixa o canal de acesso ao Complexo Portuário de Itajaí fechado pra navegação. A Marinha do Brasil não liberou o acesso aos portos até a noite de quinta-feira devido às condições de mar agitado, que trazem riscos pras embarcações. São quatro navios atracados e dois fundeados na costa esperando pra atracar.

Estrada da Rainha é liberada após limpeza

A Estrada da Rainha ficou interditada em ambos os sentidos na manhã de quinta-feira, mas foi liberada no final do dia. A via foi bloqueada pra retirada dos materiais e limpeza das pistas devido à queda de árvores que comprometeram a segurança de pedestres e motoristas.

A Defesa Civil atendeu mais de 200 ocorrências na quarta-feira, com mais de 100 árvores derrubadas. Lonas foram distribuídos para moradores afetados por destelhamentos. Choveu, em 24 horas, 150 mm, mais que a média prevista para o mês.