Saúde
Itajaí terá ambulatório para pré-triagem de pacientes com autismo
Atendimentos iniciam na segunda-feira no Centro Terapêutico Especializado em Autismo no São Vicente
Juana Dobro [editores@diarinho.com.br]
Itajaí vai inaugurar um ambulatório para pré-triagem de pacientes com autismo na próxima segunda-feira. Os atendimentos serão realizados no Centro Terapêutico Especializado em Autismo (CTEA), com sede na rua Antônio Cirilo Dutra, 87, no bairro São Vicente. O ambulatório terá atendimento inicial das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, podendo ter o horário prorrogado conforme a demanda.
Segundo a prefeitura, a criação do espaço tem o objetivo de melhorar os serviços prestados a esses pacientes. Estima-se que hoje, em Itajaí, cerca de 560 crianças estejam aguardando o diagnóstico inicial do Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Temos urgência em desenvolver uma estratégia efetiva para atender à demanda reprimida. Ficou definido o reforço da equipe da saúde com mais profissionais qualificados para dar melhor encaminhamento às crianças”, enfatizou o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB).
O ambulatório vai contar com dois médicos e um enfermeiro, que farão os atendimentos e, conforme o diagnóstico do paciente, irão realizar os encaminhamentos para as terapias já existentes no município, como o Centro Terapêutico Especializado em Autismo (CTEA), por exemplo.
“Também vamos criar a expertise com os profissionais médicos nas unidades de saúde para que o trabalho seja propagado. Importante o pré-atendimento, para que a pessoa entre pela porta certa. Mas eu costumo reforçar, que a nossa porta de entrada ainda segue sendo as nossas unidades de saúde, onde será realizada a primeira triagem”, ressaltou o secretário de saúde de Itajaí, Emerson Duarte.
Reflexos na educação
A criação do ambulatório vai auxiliar o trabalho realizado na educação, já que o número de alunos autistas na rede municipal de ensino mais do que dobrou em um ano. Segundo a prefeitura, em 2021 eram 450, e hoje são 950 estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“A saúde inicia essa mobilização para ampliar os serviços só fortalece a política de educação especial, que é uma política intersetorial. Só a educação não garante toda a atenção que a criança precisa. Ela necessita de uma intervenção terapêutica, de um atendimento especializado, para que isso também se converta em orientações e práticas em sala de aula”, afirmou o supervisor de educação especial, Erickson Jones Lima.