Pesquisa

Brasileiro é contra liberação de drogas, armas e aborto

Estudo ainda mostra que o povo é favorável ao casamento gay

População é a favor da redução da maioridade penal e igualdade salarial entre homens e mulheres
/Fotos: Tomaz Silva e Djordje Petrovic
População é a favor da redução da maioridade penal e igualdade salarial entre homens e mulheres /Fotos: Tomaz Silva e Djordje Petrovic
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Uma pesquisa desenvolvida pela Hibou, empresa dedicada a consultas sobre mercado e consumo, ouviu os brasileiros sobre temas polêmicos e classificou o que a população mais apoia e mais rechaça. O estudo foi realizado entre 1º e 3 de julho, com 1,8 mil pessoas de todo o país.

Entre os destaques, está o apoio à redução da maioridade penal, citada por 84% dos entrevistados, e ao casamento gay (71%). Segundo a pesquisa, 52% dos brasileiros são contrários à descriminalização do aborto e 51% entendem que o aborto não pode ser uma decisão individual da mulher. Outro dado interessante é que só 35% dos brasileiros aprovam voto impresso.

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A entrevista também fez questionamentos sobre armas, drogas, cotas, relacionamento afetivo, entre outros temas. 

Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou, pontuou mais números: a legalização da poligamia (relações com mais de três indivíduos), por exemplo, foi outro assunto rechaçado pela população. 

Um tema considerado mais liberal – o ensino e orientação sobre sexualidade nas escolas – obteve aprovação de 70%. “É possível perceber que questões como a igualdade salarial entre homens e mulheres, aborto devido à gravidez por violência sexual e debate sobre racismo se destacam entre os temas com maiores taxas de aprovação, superiores a 70%”, contabiliza Ligia.

Política e voto impresso

Também pela pesquisa, 53% dos brasileiros apontaram que a votação impressa não faz sentido, após ser extinta há 26 anos. E 73% concordam que os políticos não devem ter salários, assim como acontece na Suécia.

O que é praticamente unânime para os brasileiros (93%) é a não candidatura de políticos cassados. Apenas 4% se mostram favoráveis. A reeleição é desaprovada por 48%.

 

O QUE OS BRASILEIROS MAIS APOIAM

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Salários iguais para homens e mulheres

98%

Adoção por pessoas solteiras

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90%

Proibição de políticos cassados

93%

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Licença-paternidade

89%

Combate ao racismo e xenofobia na escola

85%

Redução da maioridade penal

84%

Adoção por casais gays

77%

Políticos sem salário

73%

Orientação sobre sexualidade na escola

70%

Casamento gay

71%

Aborto para crianças estupradas

71%

Inclusão de pessoas com deficiência na escola

63%

Estado laico, separado da religião

62%

Pena de morte

50%

Ensino religioso na escola

50%

O QUE OS BRASILEIROS DESAPROVAM

Atuação das milícias

81%

Liberação das drogas em geral

77%

Habilitação para menores de 16

74%

Legalização da poligamia

67%

Impostos para as igrejas

66%

Porte de arma para todos

57%

Liberação da maconha

52%

Descriminalização geral do aborto

52%

Aborto como decisão da mulher

51%

Cotas para negros e pobres nas universidades

45%

Movimento feminista

43%

Voto impresso

35%

Fonte: Pesquisa Hibou

 

Gravidez ocasionada por estupro é motivo para aborto

Metade da população ainda é contra a liberação da maconha

Metade da população ainda é contra a liberação da maconha

 

Casos polêmicos como o de Tijucas, em que uma menina foi coagida por promotora e juíza a não abortar, mesmo engravidando aos 10 anos de idade por causa de um estupro, também foram refletidos na pesquisa. O ato de interromper gravidez por conta da violência sexual ou doença nesses casos teve 71% de apoio – mesmo assim, 12% se disseram contra.

E 52% dos brasileiros são contra a liberação da maconha, mesmo que a erva apresente potencial medicinal. Na oposição, e favoráveis à descriminalização, estão 36%. Ao ampliar o espectro para a liberação de drogas em geral, 77% discordam, e 14%, concordam. A proposta de pena de morte foi apoiada por 50% dos que responderam a consulta; e os outros 50% se dividem em 35% contra e 15% que não quiseram responder. A pesquisa ouviu 1822 pessoas. O levantamento apresenta 2,3% de margem de erro.



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