Após denúncia

Novo caso de assédio sexual é relatado na prefeitura de Balneário

Crime teria ocorrido em julho de 2021, mas a vítima denunciou nesta semana após a reportagem sobre caso semelhante

Vítima teria sido assediada pelo coordenador de Desenvolvimento Comunitário (FOTO:  Ilustrativa)
Vítima teria sido assediada pelo coordenador de Desenvolvimento Comunitário (FOTO: Ilustrativa)

Mais um caso de assédio sexual foi denunciado no Departamento de Resgate Social da Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú. A denúncia ocorreu no final da tarde desta sexta-feira. A vítima, de 30 anos, teria sido assediada pelo coordenador do Departamento de Desenvolvimento Comunitário, de 35 anos, em julho do ano passado, durante período de estágio na pasta. 
No entanto, só teve coragem de registrar boletim de ocorrência na polícia e procurar a redação do DIARINHO após um caso semelhante ocorrido na mesma secretaria ter sido publicado na tarde de sexta-feira. Segundo o Portal da Transparência, o acusado ainda está no cargo, com um salário de R$ 3,8 mil.
A vítima conta que, como estagiária, era subordinada ao acusado, que constantemente falava de suas roupas (leggings). “Mas sempre fiquei quieta porque eu precisava do emprego. Sou mãe, e na época sustentava minha casa”, conta. Ela enviou à redação e também entregou à Polícia Civil prints de mensagens, via WhatsApp, que explicitam o caso de assédio sexual e contêm suas recusas às investidas.
Outro fato relatado pela vítima é que o acusado tem um bar na cidade e teria oferecido um trabalho como garçonete no estabelecimento, o que ela aceitou para aumentar seus ganhos. “Nessas ocasiões, ele não se cansava de perguntar se eu queria ficar bebendo com ele após fechar o bar. Inclusive, chegou a perguntar se eu estava cansada e queria pegar uma hidro num lugar mais tranquilo para nós descansarmos”, acrescenta.
 Tentativa de prostituição
Em outro print encaminhado pela vítima ao DIARINHO, de uma conversa com sua mãe, ela conta que o acusado teria oferecido dinheiro para sair com ela e também teria tentado “arranjar” um encontro dela com um amigo seu bem mais velho, por dinheiro.
A vítima diz que nunca comentou com ninguém na secretaria porque, como era estagiária, “imaginava que ninguém acreditaria se dissesse que o coordenador estava se passando”, disse. “Tive coragem de denunciar somente agora, depois que vi a denúncia de outra vítima no DIARINHO”, contou. 
Segundo a vítima, o assédio mexeu com seu emocional. “Só eu sei o que é ter crises de ansiedade e ter que conviver com isso, de ter uma mãe vendo toda a situação e tentar me acalmar. Imagina o que ela passou vendo tudo e, ao mesmo tempo, eu continuar trabalhando e me manter calada por ter um filho para sustentar… é horrível e não desejo pra ninguém”, relata.


Pode ser exonerado
A secretária de Desenvolvimento e Inclusão Social, Christina Barrichello, soube da denúncia pela reportagem do DIARINHO e garante que tomará as medidas cabíveis. Inclusive, tais medidas podem acarretar na exoneração do acusado, como ocorreu em casos semelhantes. Na sexta-feira, o DIARINHO trouxe a denúncia de que o coordenador de Inclusão Social usava o cargo para pressionar uma funcionária a ter uma relação com ele. O  coordenador foi exonerado da função na sexta-feira pra investigação. 
Sobre o novo caso, a secretária diz que vai procurar a delegacia para se inteirar mais dos fatos e entrar em contato com a vítima para oferecer apoio por meio de programas que a pasta oferece. Inclusive, de apoio a vítimas de assédio sexual. 
Christina ainda orienta as mulheres que são vítimas de assédio que “jamais se calem, por mais difícil que seja fazer a denúncia. Somente assim conseguiremos impor os limites e evitar que isso continue.” 

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Contraponto
A reportagem procurou o acusado, lhe enviou cópia do BO registrado e ele disse que até então não tinha conhecimento das acusações. “Éramos próximos, pois trabalhávamos juntos no bar. Chegamos sim a trocar mensagens, mas nada a esse ponto de assédio. Tanto que ela permaneceu no emprego no bar. Ainda não estou entendendo o motivo de vir agora com essa conversa”, disse o acusado. “Sempre tivemos liberdade de brincadeiras e conversas de ambas as partes”, acrescenta. Ele disse que já entrou em contato com seu advogado para esclarecer os fatos e adianta tratar-se de “perseguição política”.



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