Balneário Camboriú
Servidora denuncia caso de assédio sexual e moral na prefeitura
Caso veio à tona no final da tarde de quarta-feira; coordenador foi exonerado do cargo na sexta-feira
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Mais um caso de assédio sexual e moral foi denunciado na Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú. O fato envolve o coordenador de Inclusão Social da pasta, que é denunciado por uma servidora contratada para o cargo de fiscal da Secretaria de Planejamento. No final da tarde de sexta-feira, o coordenador foi exonerado da função.
Segundo a denunciante, o acusado usava de seu cargo para pressioná-la a ter um relacionamento amoroso com ele. “Ele se aproximou de mim como amigo, ganhou minha confiança, e depois começou a me mandar flores e fazer convites para jantar, aos quais eu acabei cedendo e acabei me relacionando com ele”, diz a denunciante. No entanto, ela garante que só teve a relação devido às ameaças veladas que sofria do seu superior hierárquico, bem como tinha benefícios, como redução da carga horária, entre outros.
O suposto crime de assédio vem ocorrendo há mais de três meses, quando as pastas de Inclusão Social e Planejamento atuaram em conjunto na Operação Verão. Segundo a vítima, ela registrou uma denúncia na Delegacia da Mulher de Balneário Camboriú. Ela conta que, no momento em que fez a denúncia, entregou à Polícia Civil uma série de áudios e prints de conversas via WhatsApp que comprovam o assédio moral e sexual. A suposta vítima teve medida protetiva de urgência deferida pela Justiça no final da tarde da última quarta-feira.
Relação consensual
O advogado do acusado, Luiz Eduardo Cleto Righetto, diz que a denunciante tem todo o direito de fazer tais acusações. No entanto, segundo ele, ela terá que provar os referidos fatos. “Estou plenamente convicto de que não passa de uma articulação para prejudicar o acusado. Não vejo a ocorrência de nenhum crime e vamos provar isso. Também estamos trabalhando no sentido de reverter a medida protetiva”, diz Righetto.
O advogado concorda que os prints e áudios apresentados pela denunciante, inclusive a alguns veículos de imprensa, podem caracterizar improbidade administrativa (isso porque ele teria se valido do cargo para obter vantagens sobre a suposta vítima) e assédio sexual, mas afirma que, “dentro de um contexto, quando os áudios forem ouvidos na íntegra, ficará claro que não ocorreu crime algum”, destaca.
Exonerado do cargo
A secretária de Inclusão Social de Balneário Camboriú, Christina Barrichello, diz que somente teve conhecimento do ocorrido na tarde de quarta-feira e que em seguida chamou o acusado para averiguar os fatos. “Ele confirmou que tinha um relacionamento com a moça, mas que era consensual”, informou.
Na tarde de sexta, a secretária decidiu exonerar o coordenador até que ocorram todos os procedimentos legais.
Christina também disse que ordenou a sua assessoria que entrasse em contato para oferecer apoio da pasta à vítima.
A secretária ainda vai procurar a Delegacia da Mulher para se inteirar mais dos fatos e confirma que o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos) teve conhecimento das acusações.