Às 13 horas de terça-feira, Mohamad Hussein Abou Wadi retornou ao comando da UniAvan. Ele havia sido destituído do cargo há 43 dias, após uma decisão do Conselho de Administração da universidade embasada em uma decisão judicial. Mohamad, ouvido nessa terça-feira, disse à reportagem do DIARINHO que o reitor André Gobbo e outros coordenadores e professores afastados pela antigo conselho irão retornar aos postos a partir desta quarta-feira.
A disputa judicial pelo comando da UniAvan acontece desde o falecimento do fundador da instituição, Artenir Werner, em dezembro de 2020. O empresário faleceu vítima de complicações da covid-19.
A reviravolta no caso veio às 17h20 de segunda-feira, quando o juiz Eduardo Camargo, da 2ª Vara Cível da Comarca de Balneário Camboriú, cancelou a Ata da Assembleia Geral Extraordinária ...
A disputa judicial pelo comando da UniAvan acontece desde o falecimento do fundador da instituição, Artenir Werner, em dezembro de 2020. O empresário faleceu vítima de complicações da covid-19.
A reviravolta no caso veio às 17h20 de segunda-feira, quando o juiz Eduardo Camargo, da 2ª Vara Cível da Comarca de Balneário Camboriú, cancelou a Ata da Assembleia Geral Extraordinária da Sociedade Avantis realizada em 22 de junho de 2021 e registrada na Junta Comercial em 5 de julho de 2021. Foi com base nesta assembleia que os herdeiros de Arternir Werner conseguiram destituir Mohamed da presidência.
A nova decisão judicial considerou nula todas as ações e atos do Conselho de Administração a partir desta assembleia, dando o direito de Mohamad regressar ao comando da UniAvan nesta terça-feira.
“Vitória importante porque ganha o grupo que de fato fez a UniAvan e não quem caiu de paraquedas após o falecimento do seu Artenir. Hoje, ganha o grupo que fez a empresa crescer e chegar onde chegou”, comemorou Mohamed.
No retorno à instituição, Mohamad fez uma rápida reunião no hall de entrada da UniAvan e agradeceu o apoio dos colaboradores. “Agradecer essa recepção calorosa, dizer que tenho muita gratidão pelo apoio que vocês me deram hoje, apoio que vocês têm me dado no meu dia a dia. Deixo minha gratidão. Eu não sou presidente para sempre, mas eu estou aqui por um propósito e por uma responsabilidade que foi me incumbida e demandada pelo senhor Artenir antes de falecer. Esse é o meu propósito e até o último dia eu vou tentar cumprir o meu propósito com ele”, disse aos colaboradores (veja vídeo).
Recurso negado
Bernardo Werner, acionista e presidente do Conselho de Administração, informou à reportagem do DIARINHO que os herdeiros e acionistas recorreram da decisão de segunda-feira ao Tribunal de Justiça. “Já protocolamos o recurso. Não concordamos com a decisão de primeira instância, em absoluto, mas confiamos na justiça e esperamos que a decisão seja revertida”, disse Bernardo.
Ele alegou que “as decisões do Conselho de Administração foram pautadas na governança da empresa, na ética e com o intuito de preservar a UniAvan. A destituição do senhor Mohamad não teve nenhuma motivação política ou interesse particular. Mas decorreu e foi necessária por diversas atitudes dele contra a companhia, para satisfazer as suas pretensões particulares e de suas empresas. Inclusive na data de hoje promoveu inúmeras demissões de cargos estratégicos da empresa, o que por si só demonstra a sua forma de atuar”, afirmou ainda Bernardo.
O recurso a que Bernardo se referiu acabou julgado parcialmente, na terça-feira mesmo, pelo desembargador Torres Marques, do Tribunal de Justiça. O juiz negou o efeito suspensivo via liminar. Torres Marques ainda determinou que recurso de apelação seja analisado no mérito pelo Colegiado do TJ.
Disputa pelo comando
Mohamad foi destituído no dia 8 de fevereiro. Uma semana depois o então vice-presidente, Arnoldo Werner Neto, filho de Artenir, assumiu a presidência da UniaVan.
Logo em seguida, o reitor André Gobbo e outros coordenadores e professores da instituição foram demitidos. A reitora, Isabel Regina Depiné Poffo, naquele momento, foi reconduzida ao cargo do qual tinha sido destituída após o falecimento de seu Artenir.
Na ocasião, os alunos do curso de Odontologia chegaram a fazer uma manifestação pelo retorno de coordenadores e professores do curso no início do ano letivo.