A servidora pública Sandra Maria Bernardes, condenada pela morte do empresário Chico Wehmuth, de Brusque, se entregou ao meio-dia de segunda-feira no complexo Penitenciário da Canhanduba, em Itajaí, para dar início ao cumprimento da pena de 21 anos de reclusão pelo assassinato do marido.
Sandra era considerada foragida desde setembro do ano passado, quando o juiz Edemar Leopoldo Schlosser, de Brusque, expediu a ordem de prisão pela condenação, que já havia transitado em julgado.
O assassinato aconteceu em 29 de julho de 2014, em Brusque. Pela denúncia do Ministério Público, Sandra deu “chumbinho” ao marido, acreditando que ficaria com a aposentadoria dele, o seguro ...
Sandra era considerada foragida desde setembro do ano passado, quando o juiz Edemar Leopoldo Schlosser, de Brusque, expediu a ordem de prisão pela condenação, que já havia transitado em julgado.
O assassinato aconteceu em 29 de julho de 2014, em Brusque. Pela denúncia do Ministério Público, Sandra deu “chumbinho” ao marido, acreditando que ficaria com a aposentadoria dele, o seguro de vida e a herança.
A vítima teve intoxicação e morreu por insuficiência respiratória no hospital. Logo que o marido morreu, Sandra fez a cremação do corpo e iniciou o processo para receber o seguro de vida. A polícia suspeitou da viúva e começou a investigação. O laudo confirmou o envenenamento por chumbinho.
O resultado da investigação, com base nas denúncias feitas pelo MP, concluiu que Sandra matou o marido, já que ela foi a única pessoa a estar com a vítima antes da morte. Chico se recuperava de uma cirurgia e Sandra cuidava dele.
Para o MP, Sandra teria matado Chico porque seria beneficiária de uma apólice de seguro de vida. Ela também estaria interessada na previdência privada, na aposentadoria e nos bens da vítima.
Em maio de 2018, em um julgamento que durou 13 horas, Sandra foi condenada a 21 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato. O júri concordou com a tese de acusação de que Sandra planejou a morte de Chico, misturando veneno de rato “chumbinho” em uma taça de vinho.
Defesa protelou prisão
Desde então, a defesa de Sandra tentava evitar a prisão da servidora pública de Camboriú. Em maio do ano passado, a defesa entrou com um agravo regimental, solicitando que o STF anulasse o júri popular. Em setembro, a ministra Rosa Weber, do STF, rejeitou os embargos declaratórios da defesa.
Com isso, o advogado Clóvis Darrazão, da família de Chico Wehmuth, solicitou à justiça de Brusque que expedisse a ordem de prisão, o que aconteceu ainda em setembro de 2021. Sandra estava foragida desde então.
Nessa segunda-feira, acompanhada do advogado, ela se apresentou no presídio às 12h15 para dar início ao cumprimento da pena.