Reivindicação
Moradores pedem mais linhas de ônibus no interior de Navegantes e Ilhota
Empresa de transporte coletivo admite fazer período experimental, mas assegura que vários horários não se pagam
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
As moradoras Cláudia Faria e Ana Lúcia Souza pedem a ativação de mais horários de transporte coletivo na região de Pedra de Amolar, Escalvado e acesso a Luiz Alves. Segundo elas, a Viação Navegantes só chega aos bairros do interior de segunda a sexta-feira, e deixa a comunidade desassistida aos sábados e domingos.
“Se a pessoa passa mal ou quer fazer compra ou se tem trabalho no final de semana, não pode ir. Até de bicicleta é muito longe”, frisa Cláudia. Pedra Amolar pertence a Ilhota, mas o Escalvado é de Navegantes”, completa.
Segundo as moradoras repassaram ao DIARINHO, há trabalhadores do comércio que usariam o transporte coletivo no final de semana. “Tem expediente no sábado, tem supermercado que abre no domingo”, diz ela. “Coitado de quem não tem transporte próprio”, completa.
Ana Lúcia, vizinha de Cláudia, também informou que seu esposo, desempregado, não consegue arrumar trabalho porque não há transporte aos finais de semana.
Em outra reclamação, passageiros de Navegantes, Penha e Balneário Piçarras asseguram que a empresa mudou o local de cadastro do terminal para a BR 470, dificultando o acesso da maioria, e há falta de ônibus em vários horários.
Márcio Cardoso, da Viação Navegantes, ressaltou ao DIARINHO que antes da pandemia, horários de segunda a sexta após as 20h para localidades como Pedra de Amolar, Escalvado, Machados, Gravatá ou mesmo para Penha e Balneário Piçarras já eram deficitários. “Finais de semana então, pior ainda”, observou ele.
“Atualmente fazemos aos sábados quatro horários de Volta Grande, em Navegantes, a Piçarras, e o retorno, atendendo ainda Machados, São Domingos, centro, Meia Praia, Gravatá, chegando de novo a Penha e Balneário Piçarras. Aí estão concentrados 90% dos passageiros das nossas linhas. Mesmo assim, não paga nem o diesel”, assegura ele.
Márcio destacou às leitoras do DIARINHO que faz a seguinte proposta: estabelecer um período experimental de 30 dias. Eles devem procurá-lo e repassar quais horários precisam, para avaliar. Sobre mais horários, segundo ele, depende da demanda.
Sobre a transferência do atendimento para a BR 470, a viação confirmou. “Eram apenas uma ou duas pessoas por dia que procuravam o setor, e durante 11 meses, disponibilizamos funcionário, luz, aluguel, telefone, internet. Um mês no ano deu movimento, quando inicia as aulas e os estudantes renovam a carteirinha. Depois, não se paga”, conclui.