Prestígio
Cabeleireira do bairro Cordeiros fez tranças em Whindersson Nunes
Baiana mora em Itajaí, há nove anos, e foi chamada pro trabalho. Ela levou três horas pra fazer as tranças no humorista
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
A luta de Whindersson Nunes e Acelino Popó de Freitas agitou o Brasil, e a região de Balneário Camboriú, no final de semana. Para ficar bonito no ringue, antes de levar uma surra do campeão Popó, Whindersson quis dar um trato no cabelo. A escalada para o trabalho foi uma cabeleireira baiana que, há nove anos, mantém o salão “A Beleza da Rocha” no bairro Cordeiros, em Itajaí.
Além de cabeleireira, Flávia Rocha, 39 anos, é manicure, trancista e design de sobrancelhas. Na semana passada, ela recebeu uma ligação querendo contratar o trabalho de “tranças boxeadoras” para o sábado, mas sem saber quem era o cliente.
“A pessoa me perguntou se eu fazia aquele tipo de penteado e se eu poderia atender no hotel. A princípio, não sabia pra quem era. Ele perguntou um pouco sobre mim, pois procurava pessoas com história de vida de luta, guerreiras, que vieram de outra cidade pra vencer. Fiquei desconfiada, não acreditei. No meio de tanta gente que poderia fazer o mesmo serviço, por que eu?!”, conta Flávia.
Uma pessoa que conhecia a história de Flávia indicou os seus serviços para a equipe de Whindersson. “Eu aceitei o trabalho. Conversamos sobre o tipo do penteado e como seria. Ela me passou mais ou menos o modelo e a cor”, conta.
Humorista curtiu
Para atender Whindersson, Flávia teve que deixar as crianças com o marido e ir até BC. No sábado, às 12h, a baiana chegou no hotel, onde o Youtuber estava hospedado. Whindersson já queria estar com as tranças para o evento da “pesagem oficial”, que rolou na Arena BC, na Barra Norte.
“Chegamos no hotel, eu e uma auxiliar, fomos recebidas carinhosamente pelo segurança pessoal dele. Ele nos levou pro quarto e lá conhecemos o Whindersson. Ele é beeeem tranquilo, estava concentrado, acho por causa da luta...”, conta.
Whindersson escolheu as tranças boxeadoras coloridas e a ordem das cores. “Trançamos... Eu estava muito apreensiva, pois não tinha certeza se iria gostar. Até que as primeiras tranças foram saindo, ele se via pelo celular e dizia “irado!!!””, narra.
Os amigos de Whindersson também elogiaram o trabalho e Flávia ficou tranquila. “Depois de concluso, sugeri para amarrar como um rabo de cavalo, por causa da luta, e ele gostou da ideia”, conta.
Flávia recebeu R$ 400 pelo serviço, que durou cerca de três horas, mas o que não tem preço, segundo ela, foi o reconhecimento e carinho do humorista. “Nossaaaaaa, alegrou meu coração quando eu vi ele fazendo as selfies”, conta.
Flávia já conhecia o trabalho de Whindersson e o achava engraçado, mas não se considerava fã. “Hoje, o admiro por ser gente da gente, um nordestino que está vencendo na vida. Isso me admira!”, revela.
Flávia é outra nordestina que buscou vencer na vida vindo de longe. “Quando cheguei em Itajaí, nove anos atrás, comecei o salão num dos quartos da casa, onde morava nos Cordeiros. Hoje, meu salão é na garagem, onde moro de aluguel”, conta.