A trilha ecológica que dá acesso ao Pico da Pedra, em Camboriú, foi alvo de depredações por trilheiros no último dia 23. Um grupo de visitantes fez o trajeto com motocicletas - o que é irregular - e ainda pichou a rocha principal com os nomes dos ‘aventureiros’. Após ser detonado na internet, o grupo apagou as pichações na segunda-feira e justificou que não tinha intenção de prejudicar o meio ambiente.
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A ação, “com pouca noção de preservação ambiental e de amor pela natureza” acabou danificando o patrimônio, segundo os ativistas ambientais e representantes do “Pico da Pedra Camboriú”, ...
A ação, “com pouca noção de preservação ambiental e de amor pela natureza” acabou danificando o patrimônio, segundo os ativistas ambientais e representantes do “Pico da Pedra Camboriú”, agência de turismo ecológico voltada à promoção de trilhas ecologicamente corretas no local.
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Além das motocicletas causarem erosão do terreno e poluição ao meio ambiente, a pichação na rocha atinge um dos patrimônios naturais mais belos da cidade. “Os motociclistas subiram a trilha ecológica, que somente pode ser feita a pé, mas com moto de trilha, causando erosões e poluindo o meio ambiente, e ainda picharam o granito principal, assinando com os próprios nomes”, acusa a agência, denunciando o crime ambiental. Na pedra, ficaram os nomes dos trilheiros Lia, Daniel, Davi e David, além do modelo da moto usada na subida.
Os ativistas pedem mais fiscalização no local, e que haja respeito à proibição de entrada com motos. Trilhas ecológicas, rafting, rappel, camping, montanhismo e outras atividades devem seguir as regras estipuladas em cada cidade ou ponto turístico específico. Nesse caso, a moto usada teria sido uma Honda CRF 230, e o grupo chegou a postar fotos em redes sociais.
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A agência destacou ao DIARINHO que já na entrada do Rio Pequeno existe uma placa informando sobre a proibição de acesso de motos no local.
Grupo apagou pichação
Com a repercussão nas redes sociais, o autônomo Davi Lourenço, de 48 anos, procurou o DIARINHO para informar que ele e o grupo apagaram a pichação na manhã de segunda-feira.
Segundo Davi, ele e os amigos não são depredadores do meio ambiente, como foi divulgado nas redes sociais. Ele informou que o grupo estava com as motos desligadas na trilha ecológica que dá acesso ao Pico da Pedra, subindo com cordas e roldanas.
Davi comentou que o grupo decidiu pichar os nomes Lia, Daniel, Davi e David, porque “como muitos deixam marcados seus nomes lá há vários anos, pensaram em escrever com tinta de fácil limpeza, só pra registrar a foto”.
O autônomo ainda alega que a tinta sairia rapidamente com o tempo. “A tinta que foi usada sairia com facilidade, mas devido as críticas subimos logo cedo e limpamos tudo. Não foi nossa intenção prejudicar a natureza de forma alguma”, explicou.
O Pico da Pedra é um desafio constante para aficionados em trilhas e escaladas em Camboriú, e muito procurado principalmente aos finais de semana, quando trilheiros sobem a mata fechada visando vencer os 660 metros de altitude. Do alto, a vista é privilegiada e o trajeto é um dos pontos turísticos da cidade.
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