Aguardado há pelo menos 20 anos, o alargamento da faixa de areia da praia Central já é uma realidade em Bal­neário Camboriú e se tornou o grande atrativo para a temporada de verão na cidade e na região. A novidade em um dos principais cartões postais do Litoral Norte deu início também a um projeto de reurbanização total da orla que terá continuidade logo após a tem­porada.

“Esta é a conclusão de uma obra his­tórica e exitosa em todos os sentidos, que está servindo de incentivo e farol a obras de proteção costeira em todo Brasil. Foi uma obra rápida e muito bem executada, que realizou o sonho acalentado pela população de Balneá­rio Camboriú por décadas. Muitos achavam que era irrealizável, ou fic­ção, mas está aí o resultado”, destaca o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos).

Inaugurada oficialmente no início de dezembro, a obra ampliou a largura da praia de 25 para 70 metros, em média, ao longo de 5,8 quilômetros de praia. Foram 2,2 milhões de metros cúbicos de areia trazidos pelas dragas de uma jazida a 15 quilômetros da praia. A draga Galileo Galilei começou o preenchimento em 22 de agosto e fez a sua última descarga em 31 de outubro. A retirada dos tubos acabou em novembro e um trabalho de terraplanagem foi realizado antes da li­beração da praia para o público.

“Há 20 anos a cidade manifestou em plebiscito o desejo pelo alargamento. Esta é uma obra ambiental e de prote­ção costeira, que foi construída rapi­damente atendendo a 42 condicionan­tes ambientais”, completa o prefeito.

Revitalização total vem aí

Se o alargamento da praia já deu uma nova cara ao principal cartão pos­tal de Balneário Camboriú, o próximo passo será a reurbanização da orla. Apresentada no início deste mês pelo escritório Indio da Costa, a proposta visa transformar o local em um grande parque linear à beira-mar, integrando o Pontal Norte e a Barra Sul com di­versas estruturas de lazer.

A elaboração do projeto foi viabili­zada pelo instituto +BC, entidade so­cial que reúne empresários e que ban­cou a iniciativa.

A proposta ainda será apresentada e discutida com a comunidade para re­ceber sugestões e passar por mudan­ças até chegar ao projeto final. A exe­cução de reurbanização da orla ficará para depois da temporada de verão.

Pela proposta, a calçada atual vai ser alargada e a ciclofaixa vai dar espaço a um corredor de micromobilidade para ônibus elétrico. Haverá uma ciclofaixa só pra ciclista e outra faixa exclusiva para corridas.

O projeto ainda prevê um “banho de verde” na orla. Segundo o arquiteto paisagista Sidney Linhares, do escri­tório Indio da Costa, a ideia é integrar a vegetação de restinga ao parque. “Além da manutenção das árvores existentes, serão plantadas, pratica­mente, três vezes mais do que existe hoje, de forma a criar ambiências em todo o calçadão, sem prejudicar a fai­xa de restinga”, revela.

A recuperação da restinga prevê mais de 33 mil mudas de espécies ca­racterísticas da vegetação costeira. As plantas vão ocupar parte da faixa de areia e ficarão juntas ao novo cal­çadão. O projeto faz parte das condi­cionantes ambientais do alargamento, e a data do início do plantio será de­finida junto com o instituto de Meio Ambiente, órgão licenciador da obra.

Prefeitura de Penha quer iniciar pacote de obras ainda em dezembro

A prefeitura de Penha tem a expectativa de receber ainda em dezembro a primeira parcela do empréstimo de R$ 50 milhões assinado junto à Caixa Econômica Fede­ral no início do mês para obras de infraes­trutura. A chegada da primeira parte do recurso, que foi viabilizado via Finisa (Fi­nanciamento à Infraestrutura e ao Sanea­mento), permitirá o início dos trabalhos.

As ruas contempladas para receber as obras foram escolhidas por meio de vo­tação on-line pelo site da prefeitura. Uma comissão ficou encarregada de avaliar quais receberão as melhorias, com base na decisão dos moradores. As ruas Lourival de Souza, João de Freitas e Umbelino Ro­berto Lessa foram as mais votadas.