Policiais federais da Operação Geminus deram uma batida em Camboriú atrás de um suspeito de envolvimento com o tráfico de cocaína.
Os PFs fizeram buscas na rua Rio São Domingos, no bairro Rio Pequeno, mas não encontraram A.G. em casa. Ele foi preso em Porto Alegre (RS), onde a operação teve início. A prisão foi na ...
Os PFs fizeram buscas na rua Rio São Domingos, no bairro Rio Pequeno, mas não encontraram A.G. em casa. Ele foi preso em Porto Alegre (RS), onde a operação teve início. A prisão foi na manhã de terça-feira.
Além da ordem de prisão de Camboriú, os PFs cumpriram mais 10 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão, no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Outra pessoa envolvida no esquema foi presa em Floripa. Em SC, as ordens de busca e apreensão foram em Camboriú, Floripa e Itajaí. O bando tinha empresas e fazendas como fachada do negócio sujo de tráfico de cocaína.
Também foram cumpridos ordens judiciais e o sequestro de 52 imóveis e 70 veículos, entre automóveis, jet skis, caminhões, carretas e tratores, e o bloqueio de dinheiro em contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas envolvidas. Os bens sequestrados giram em torno de R$ 50 milhões.
A investigação começou em agosto de 2019. Os líderes do bando moravam em Deodápolis (MS) e Viamão (RS). O negócio era familiar. Os integrantes da família usavam o agronegócio e outras atividades como fachada para limpar a grana arrecadada com o tráfico internacional de cocaína.
A grana suja do tráfico vinha sendo inserida na economia formal através de simulação de prestação de serviço de transporte, declaração de produção de grãos inexistente, atividade pecuária na região de Deodápolis, empresa de locação de máquinas e equipamentos para a construção e outras aquisições de bens móveis e imóveis em nome de terceiros. Tudo fake.
A investigação apurou que em um ano de atuação, o bando chegou a movimentar cinco toneladas de cocaína. A droga era transportada em caminhões, da fronteira do Mato Grosso do Sul para Viamão, de onde era distribuída para traficantes do Rio Grande do Sul, principalmente das regiões de Porto Alegre e Vale dos Sinos.
Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.