Crianças internadas no hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, estariam expostas a condições precárias de higiene e de tratamento por parte da equipe do hospital, além da demora para o atendimento na unidade. É o que revela a mãe de um dos pacientes, que encaminhou ao DIARINHO imagens de banheiros sujos e camas com vômito esperando para serem limpas.
“Essa é a vergonha que temos que passar todos os dias: criança há nove dias internada, passando por situações como medicamentos trocados, mamadeiras azedas, banheiro imundo, quarto esperando para ...
“Essa é a vergonha que temos que passar todos os dias: criança há nove dias internada, passando por situações como medicamentos trocados, mamadeiras azedas, banheiro imundo, quarto esperando para limpar”, comentou. “Nenhuma criança entrou ali para ser tratada desta maneira”.
Ainda de acordo com essa mãe, um segundo paciente, um menino, estaria chorando, com dor e pedindo pela mãe, que passou oito dias na cadeira cuidando dele, saiu para descansar, mas a equipe não teria deixado fazer a troca por outro acompanhante.
Segundo o relato, a mãe voltou no dia seguinte, e mesmo assim, não teriam deixado ela retomar o acompanhamento. Enquanto isso, a criança teria sido mantida dormindo à base de remédios.
As mães prometem acionar o conselho hospitalar para denunciar o caso.
A segunda reclamação foi sobre uma criança que chegou por volta da meia-noite passada. Após 3h, os responsáveis desistiram do atendimento. “Mandaram fazer a triagem, minha criança com dor, e nada de médico. E tinha mãe lá desde as cinco da tarde esperando”, informou outra mãe.
Fábio Oliveira, diretor administrativo do hospital Pequeno Anjo, destacou ao DIARINHO que entrou em contato com a primeira mãe – a que reclamou da situação de higiene, e esclareceu a situação. “Creio que houve um impasse entre a mãe e tia da criança, elas estavam exaltadas”, destacou.
“Nós realmente diminuímos o volume de circulação de pessoas no hospital, por conta não apenas das crianças, já que estamos com lotação acima de 100% na ala SUS, mas também pela pandemia”. Sobre a refeição, não procede, segundo Fábio. “Nossa refeição é de qualidade. O vômito da criança veio do quadro clínico dela”, completou.
A questão da limpeza também foi abordada pelo diretor. “Nós tivemos ontem situações relativas à limpeza que já foram contornadas. Mas nosso prédio é muito antigo, e a higienização em áreas antigas é bem mais dificultosa. Estamos com licitação para troca de todos os pisos, esses atuais são muito antigos”.
O diretor ainda informou que averiguou todo o tempo de espera dos pacientes na madrugada, e o que mais aguardou foi 2h20. “Com essa situação intensa de 100% de ocupação, o movimento é grande, mas trabalhamos para atender a todos”.