Às oito horas da manhã da próxima quarta-feira, começará o julgamento da mulher acusada de matar a amiga, a professora Flávia Godinho Mafra, grávida de 36 semanas, para roubar o bebê da barriga da vítima, em Canelinha. O crime chocou Santa Catarina em agosto de 2020.
O julgamento acontecerá na Câmara de Vereadores de Tijucas e ouvirá 16 testemunhas. A polícia Militar controlará a entrada de público, que será restrito devido às normas sanitárias de combate à Covid-19.
A acusada está presa desde o dia seguinte ao crime e foi denunciada pelo Ministério Público por feminicídio qualificado, por meio cruel e com dissimulação. Também pelo crime de tentativa de homicídio ...
O julgamento acontecerá na Câmara de Vereadores de Tijucas e ouvirá 16 testemunhas. A polícia Militar controlará a entrada de público, que será restrito devido às normas sanitárias de combate à Covid-19.
A acusada está presa desde o dia seguinte ao crime e foi denunciada pelo Ministério Público por feminicídio qualificado, por meio cruel e com dissimulação. Também pelo crime de tentativa de homicídio em relação ao bebê. Ela responderá, ainda, pelos crimes de ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual.
O júri será presidido pelo juiz José Adilson Bittencourt Júnior, titular da Vara Criminal de Tijucas. O MP será representado pelos promotores Alexandre Carrinho Muniz e Isabela Ramos Philippi, além da advogada Patricia Daniela Adriano como assistente de acusação. A defesa terá a atuação dos advogados Rodrigo Goulart e Bruna dos Anjos.
Tragédia
Segundo as investigações da polícia Civil, a professora morreu por volta das 16h30 do dia 27 de agosto, após vários golpes de tijolo na cabeça. Ela ficou desacordada e teve a barriga cortada por um estilete para retirada da criança.
A menina recém-nascida sofreu cortes de estilete nas costas. A bebê ficou internada no hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, até o dia 6 de setembro, quando recebeu alta.
Por quase nove meses, a acusada simulou estar grávida, enquanto planejava a morte da professora para roubar o bebê. No dia do crime, ela disse para a amiga que faria um chá de bebê e levou a vítimas até uma cerâmica abandonada, onde a matou. O corpo da professora foi escondido num forno e encontrado na manhã seguinte ao crime.
Logo após a morte, a acusada encontrou o marido, alegando ter feito um parto emergencial no meio da rua. Os dois foram ao hospital de Canelinha, onde a equipe de atendimento suspeitou do caso e acionou a Polícia Militar.
A mulher e o marido foram presos no dia seguinte ao crime. O marido conseguiu comprovar que não sabia do plano da esposa e foi solto em outubro do ano passado.