No feriadão
Brava teve série de multas por estacionamento irregular
Frequentadores reclamaram, também, de preço abusivo em bares e quiosques
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Com a proximidade do verão, frequentadores da praia Brava, em Itajaí, relataram queixas sobre o estacionamento na orla e a cobrança de preços abusivos por parte de bares, restaurantes e quiosques. O final de semana prolongado com o feriado do dia 15 de Novembro deu mostras dos problemas que podem ocorrer na alta temporada.
Na segunda-feira de feriado, banhistas que estavam no canto Norte da Brava denunciaram que, ao sair da praia no final da tarde, foram surpreendidos com notificações nos veículos por estacionamento irregular ao longo da avenida José Medeiros Vieira. Segundo uma das frequentadoras, mais de 50 carros teriam sido multados.
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Ela criticou as notificações contra os motoristas, lembrando que durante as baladas na Brava Norte, a rua fica tomada de carros e não há qualquer fiscalização. Desde 2016, é proibido estacionar à noite na beira-mar na Brava Norte. Inicialmente, a restrição de horário era das 22h às 6h, mas depois passou das 18h às 6h.
A medida foi adotada pela Codetran para evitar a concentração de festas clandestinas a partir de carros estacionados, quando havia denúncias de consumo de bebidas alcoólicas, uso de drogas e de som alto. Outra denúncia frequente era de furtos de veículos na região.
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O chefe da Codetran, Robson Costa, disse que desconhece as notificações denunciadas no feriadão e que as multas podem ter sido aplicadas pela polícia Militar. Ele ressaltou que o local está devidamente sinalizado. “As regras estão lá, é só o pessoal seguir a sinalização que está no local”, alerta.
Durante o dia, é permitido estacionar no lado da via junto à orla. No lado direito da avenida, é proibido parar e estacionar em qualquer horário. Vagas especiais para idosos, táxi e de carga e descarga são regulamentadas e têm sinalização específica. A polícia Militar não respondeu ao DIARINHO se foi responsável pelas autuações.
Preços abusivos nos bares da orla
Ainda no feriado, um morador de Itajaí denunciou a prática de preços abusivos em estabelecimentos comerciais na praia Brava. Em um quiosque, ele relatou que a água de coco estava sendo vendida por mais de R$ 20. O valor seria o dobro do praticado em outros locais.
O procurador Salésio Pedrini, responsável pelo Procon de Itajaí, esclareceu que a garantia de livre mercado está prevista na constituição Federal e que não há tabelamento de preços no Brasil. “O Estado, por regra, não pode se intrometer na fixação de preços. O consumidor deve pesquisar o estabelecimento mais barato”, frisa, destacando que a lei da oferta e procura acabar por regular os preços.
Durante a temporada de verão, são previstas operações conjuntas com a secretaria de Urbanismo, Vigilância Sanitária, instituto Itajaí Sustentável. Os órgão atuam para garantir o cumprimento da normativa que regulamenta a ocupação e uso da faixa de areia e atividades do comércio na orla das praias Brava e Cabeçudas. As regras para o próximo verão devem ser divulgadas em dezembro pela prefeitura.