26 de dezembro
Marília Mendonça ia ser principal atração de evento em Camboriú
Organização lançou nota de pesar, mas não falou se devolverá dinheiro de ingresso; consumidores reclamam
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]




A trágica morte da cantora Marília Mendonça acabou por atingir também a programação do Festival Havan, um evento com medalhões do sertanejo e do pop nacional programado para o próximo mês de dezembro, e que agora ficará sem um de suas estrelas. O evento, remarcado várias vezes por conta da pandemia, foi confirmado para 26 de dezembro de 2021, na Arena Camboriú, em Camboriú.
A cantora e “rainha da sofrência” foi velada e sepultada sábado, em Goiânia, após falecer, aos 26 anos, em acidente aéreo. A queda do avião foi na sexta-feira, junto de outros quatro passageiros de um voo particular na região de Caratinga, em Minas Gerais.
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Marília era presença confirmada em Camboriú, no evento de 26 de dezembro e que reunirá ainda Dilsinho, Douglas & Vinicius, Zé Neto e Cristiano, Thiaguinho e Victor Kley, entre outros.
Nas redes sociais, a Havan lançou nota de pesar, solidarizando-se com as famílias das vítimas e com os fãs da artista. Os organizadores, entretanto, não informam sobre a devolução de dinheiro de ingressos ou eventual substituição da artista.
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O DIARINHO entrou em contato com a assessoria da Havan, solicitando essas e outras informações, mas não houve retorno.
Ingressos ou créditos?
Nas redes sociais e também em informações repassadas ao DIARINHO, fãs que compraram ingressos antes da brecada que rolou por conta da pandemia, reclamam que a organização não estaria disposta a devolver o dinheiro dos ingressos – oferecendo unicamente a possibilidade de troca de créditos por outros passaportes de shows.
Segundo A. J. A., ele comprou ingresso para maio de 2020, data cancelada em decorrência da pandemia, mas em 26 de dezembro agora não poderá participar, e exige o dinheiro de volta. “Não quero crédito para outros eventos”, reforça. “Além do quê, não é o mesmo evento; mudaram os shows”, acrescenta.
Novamente questionada, a assessoria da Havan não se pronunciou até o fechamento dessa matéria. O DIARINHO apurou, entretanto, que após a pandemia, uma nova regra possibilita ao empresário não ser obrigado a devolver o valor em dinheiro.
Devido à pandemia, o governo Federal dispensou as empresas de turismo, cultura e estabelecimentos comerciais de efetuar o reembolso imediato de ações contratadas e canceladas. Uma medida provisória, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem Bolsonaro), em abril do ano passado, faz essa previsão.
A medida provisória virou a lei nº 14.046, de agosto de 2020, que estabeleceu que as empresas poderiam remarcar o evento ou dar o crédito para os clientes, que deveriam usar o serviço até um ano após o fim do decreto da calamidade pública, em 31 de dezembro de 2020. Essa lei já teve sua validade encerrada, mas segue valendo por analogia até uma eventual prorrogação.
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