Barcos pesqueiros
PF derruba grupo que mandava drogas pra África
Investigação começou com a apreensão de três toneladas de cocaína no rio Itajaí-açu
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]




A polícia Federal de Itajaí deflagrou na quinta-feira a operação Coroa, dando continuidade à investigação instaurada pra desarticulação de um bando responsável pela exportação de 2,8 toneladas de cocaína no início do mês de julho, quando sete pessoas foram presas em flagrante após a interceptação da embarcação pesqueira Coroa, no canal do rio Itajaí-açu.
Com as investigações, a PF identificou que a droga seria enviada ao continente africano, em um ponto marítimo próximo da costa da Namíbia, onde aconteceria o transbordo da droga para outra embarcação.
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Após o flagrante de julho, os policiais identificaram a participação de mais oito pessoas envolvidas no financiamento das ações criminosas e na logística de transporte da droga até a embarcação.
A Justiça Federal autorizou a prisão dos oito envolvidos. Cerca de 50 policiais federais cumpriram 10 ordens de busca, apreensão e sequestro de bens nas cidades catarinenses de Itajaí, Camboriú, Navegantes e Penha, além de Salvador e Porto Seguro, na Bahia, e Guarujá, no litoral de São Paulo.
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Também foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete de prisão temporária. Houve também a participação de um empresário de Itajaí, que intermediou a compra do combustível e possibilitou o arrendamento de um trapiche onde a droga foi carregada no barco. Um dos proprietários desse veículo foi preso na quinta-feira e o outro está foragido.
15 presos
Desde julho, a PF já prendeu 15 envolvidos no crime. Sete foram presos em flagrante no dia 3 de julho e oito foram presos na quinta-feira durante a operação. Os presos em julho permanecem com prisões preventivas mantidas pela Justiça.
As investigações já possibilitaram o sequestro de mais de R$ 1,6 milhão em patrimônio da organização. Os bens apreendidos serão levados a leilão e o dinheiro arrecadado reverterá em ações de prevenção ao uso e ao tráfico de drogas.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico, com previsão de três a 15 anos de prisão.