BRUSQUE
Advogado requer à justiça ordem de prisão de acusada de matar o marido
STF rejeitou embargo da condenação de Sandra Maria Bernardes e sentença do júri popular está transitada em julgado
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou os embargos de declaração da defesa de Sandra Maria Bernardes, acusada da morte do empresário Chico Wehmuth, de Brusque, em junho de 2014. Com isso, a condenação pelo assassinato do empresário está transitada em julgado. O advogado Clóvis Darrazão, advogado da família de Chico, já solicitou à justiça de Brusque que expeça a ordem de prisão da ré.
Em maio de 2018, em um julgamento que durou 13 horas, Sandra foi condenada a 21 anos e quatro meses de prisão pela morte do empresário. Os jurados concordaram com a tese de acusação, de que Sandra planejou a morte de Chico, usando veneno de rato “chumbinho” em uma taça de vinho.
Desde então, a defesa de Sandra tenta evitar a prisão da servidora pública de Camboriú. Em maio deste ano, a defesa de Sandra entrou com um agravo regimental, solicitando que o STF anulasse o júri popular.
Clovis Darrazão alegou que a defesa de Sandra estava usando de “procrastinação”, na tentativa de atrasar o andamento do processo.
O Ministério Público apresentou parecer contrário ao agravo, solicitando que os ministros do STF não acatem o pedido da defesa de Sandra.
A ministra Rosa Weber, do STF, rejeitou os embargos declaratórios da defesa de Sandra. “Determino a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata dos autos, independentemente de publicação do acórdão. Embargos de declaração rejeitados”, declarou.
Com a decisão, nessa segunda-feira, Clóvis Darrazão requereu “a urgente expedição do correspondente mandado de prisão contra a assassina Sandra Maria Bernardes, como de direito”.
Vale lembra que, desde o andamento do processo na justiça, Sandra foi solta três vezes, após a primeira condenação, e está, há um ano e cinco meses, em liberdade. Sandra era servidora pública na prefeitura de Camboriú, na secretaria de Educação. Ela chegou a receber o benefício da aposentadoria por invalidez, em março deste ano, mas a portaria foi revogada. Atualmente, segundo a prefeitura, ela responde um processo administrativo por abandono de emprego.