Atos pro-Bolsonaro
Locutor de manifestação em Itajaí não fazia parte da organização do evento
Ricardo Collyer agarrou o microfone e não largou mais, alegou um dos organizadores
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O locutor do carro de som da manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro, na praça Beira Rio, em Itajaí, na tarde do feriado da Independência, foi Ricardo Collyer e não Alex de Oliveira, como o DIARINHO divulgou na matéria “Manifestações em praças de Itajaí e BC”. O nome de Alex foi informado de forma equivocada pela organização do evento ao DIARINHO.
Foi Ricardo quem disse, do alto do carro de som: “eu não sou obrigado a tomar uma vacina experimental”. Ricardo também falou sobre uma suposta ameaça comunista vinda da China. “Olha a loucura que nós chegamos, não é através da mão do Alexandre de Moraes [ministro do STF], ou vocês acreditam que é ele quem manda? Há interesses muito maiores por trás. Esse interesse vem possivelmente do mesmo lugar de onde veio o vírus. Os cristãos podem se manifestar no país do dragão vermelho [China]? Então nós dizemos não ao comunismo, e viva a liberdade. Viva a liberdade, Brasil”, gritou ao microfone.
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Alex de Oliveira, que foi citado equivocadamente na matéria do DIARINHO, contou que realmente era o responsável pelo microfone do carro de som, mas que jamais falou qualquer palavra ofensiva durante o ato.
Alex disse que defende as pautas: “Direito de ir e vir. Direito de livre expressão. O saneamento das instituições. Pela Constituição. Por um STF que siga a Constituição. Pelo Voto Impresso auditável.”
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O organizador ainda ressaltou que Ricardo Collyer não faz parte e nem participou de nenhuma reunião da organização do ato. Ele seria de um grupo paralelo. “Para surpresa, no dia e hora marcada da realização do evento, duas pessoas deste grupo paralelo se apresentaram como organizadores do evento, sendo desrespeitosos com componentes da organização oficial”, afirmaram ainda os organizadores.
Alex e os outros organizadores ainda pontuam que a fala de Ricardo destoou da pauta da organização. “Deixamos claro que o respeito é prioridade de movimentos de direita e patrióticos. Além disso, a organização pede desculpas aos presentes, homens, mulheres, crianças, brasileiros, patriotas e imprensa por palavras fora das pautas pronunciadas por este grupo paralelo, representado neste ato pelo Ricardo Collyer que, apesar de ser convidado a se retirar do caminhão, se negou a deixar o local”, informou.
O DIARINHO não conseguiu contato com Ricardo Collyer para ouvir sua versão.