RODOVIAS

BR-101 segue com pontos com bloqueio de manifestantes após o feriado

Caminhões e veículos de cargas estão sendo barrados em nove trechos; liminar da justiça saiu à noite

Também há manifestação nas marginais em Itajaí e Araquari, mas sem filas (Foto: Reprodução)
Também há manifestação nas marginais em Itajaí e Araquari, mas sem filas (Foto: Reprodução)
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A BR-101 seguiu com pontos de bloqueio pra caminhões durante a quarta-feira, segundo a polícia Rodoviária Federal (PRF), devido às manifestações de grupos pró-Bolsonaro em ao menos 10 pontos da rodovia. Em Itajaí, o ato é na marginal em frente ao posto Santa Rosa. Interdições também seguiam em Garuva, Joinville, Araquari, Jaguaruna, Içara, Maracajá, Araranguá e São João do Sul. Na BR-470, em Navegantes e Gaspar, também tem bloqueios.

Outros bloqueios também foram registrados nas BRs 116, 280 e 282, somando 18 pontos com paralisações. Na BR-101, conforme a PRF, houve retenção no km 10 em Garuva, nos dois sentidos da rodovia, e no km 25, em Joinville, junto ao posto Rudnick, apenas nas pistas em direção à Curitiba. No km 72, em Araquari, a manifestação ocorre no acostamento, sem filas no local. No sul do estado, ainda há bloqueio no km 451, em São João do Sul.

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As interdições nos pontos foram feitas durante o feriado da Independência, prejudicando a volta pra casa dos turistas que passaram o final de semana na região. Os veículos de passeio foram liberados pelos manifestantes após negociação com a PRF na tarde de 7 de setembro.

A concessionária Autopista Litoral Sul confirmou que apenas caminhões e veículos de carga estão sendo parados nos pontos de bloqueios na rodovia. Conforme os manifestantes, os caminhoneiros não são obrigados a parar. De acordo com a Autopista, o trânsito ficou fechado nas faixas da direita e no acostamento nos trechos de Joinville e de Garuva, com formação de filas no sentido Curitiba.

Durante à tarde, a paralisação em Garuva provocou filas de cinco quilômetros. Já no sentido Florianópolis, a fila passou dos nove quilômetros no mesmo trecho do km 10 da 101 em Garuva. No local, o trânsito está liberado pra veículos de passeio pela faixa da esquerda. Caminhões, tratores e carros trancam a rodovia.

Por volta das 15h, a concessionária informou a formação de um novo bloqueio no km 57, em Joinville, com a faixa da direita interditada no sentido Curitiba, formando fila de ao menos dois quilômetros.

Em outras rodovias federais do estado, a PRF registrou pontos com bloqueios na BR-116, em Mafra (km 7) e Santa Cecília (km 138). Na BR-280, eram cinco pontos com manifestações: Guaramirim (km 55), São Francisco do Sul (km 1,5 e km 11), São Bento do Sul (km 121) e Canoinhas (km 230). Na BR-282, havia bloqueio em Xanxerê, Maravilha e São Miguel.

Marginais tomadas

Desde o início da manhã pontos de concentração de manifestantes foram mantidos nas marginais das rodovias, mas sem restrição de tráfego. Na BR-101, foram registrados piquetes em Itajaí, no trecho do km 117, junto ao posto Santa Rosa, e em Araquari, no trecho do km 70. A manifestação persistia durante a tarde e noite.

Por volta das sete da manhã de quarta-feira, a Autopista informou que houve bloqueio total na marginal da BR-101, em Itajaí, no km 116,5. Às 8h, a interdição seguia apenas na faixa da direita. O movimento continuou durante o dia, com barreiras para os caminhões na marginal, mas sem filas no local.

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Guarnições da PRF, polícia Militar e da Codetran acompanhavam a situação. Devido aos bloqueios em outros trechos da rodovia, poucos caminhões eram vistos circulando nos dois sentidos da 101 durante o dia.

Pontos de manifestação também foram mantidos nas marginais em trechos da BR 280, em Araquari e em Canoinhas, da BR 116, em Ponte Alta, na BR 153, em Irani, conforme monitoramento da PRF. Após o meio dia, a polícia confirmou bloqueio no km 4 da BR-470, em Navegantes, também somente para caminhões.

 

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Justiça manda caminhoneiros liberarem dois pontos das rodovias

Decisão da Justiça Federal de Santa Catarina determinou, na noite de quarta-feira, que os caminhoneiros responsáveis por trancar trechos da BR 101 e da BR 116 desobstruam as rodovias.

As decisões atendem dois pedidos diferentes. Os juízes dão ordem para que a polícia Rodoviária Federal (PRF) faça a remoção dos veículos que trancam pontos da BR-101, no trecho sul, e um ponto da BR-116.

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Na BR-101, o pedido foi feito pela CCR Via Costeira, concessionária da rodovia. A decisão vale pra região de Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, e a divisa com o Rio Grande do Sul.

A juíza Ana Lidia Silva Mello, da Justiça Federal de Tubarão, concedeu a liminar pra que os caminhoneiros "devidamente identificados" se abstenham de ocupar, impedir ou dificultar o trânsito e a passagem sobre a rodovia. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil, além de crime de desobediência.

No caso da BR-116, em Santa Cecília, o pedido foi feito pela BRF Alimentos. O juiz Joseano Maciel Cordeiro, da Justiça Federal de Jaraguá do Sul, concedeu a liminar para que a “União tome as providências necessárias para evitar que se obstrua, por qualquer meio, a passagem de caminhões e veículos que estejam trafegando por conta e ordem da autora (BRF S/A) na rodovia BR 116 em Santa Catarina”. A multa diária é de R$ 10 mil por caminhão retido.

Até o fechamento desta edição, a PRF não se manifestou sobre o cumprimento das decisões.

 

Entidades vão à justiça contra atos nas estradas

Entidades do setor de transporte e de representação dos caminhoneiros entraram com uma ação na justiça contra os bloqueios nas estradas feitos por manifestantes bolsonaristas. A ação quer responsabilizar a União, o presidente Jair Bolsonaro e os militantes governistas pela “prática de atos inconstitucionais, ilícitos e imorais”.

A iniciativa é do conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), frente Parlamentar dos Caminhoneiros e de dois sindicatos da categoria. As entidades pedem uma indenização de R$ 50 milhões por danos patrimoniais e morais decorrentes das manifestações de 7 de setembro. A ação foi aberta na 20ª vara Federal Cível do distrito Federal (DF).

No processo, o grupo questiona o chamamento para os atos antidemocráticos em todo o país, principalmente nas manifestações ocorridas em Brasília e em São Paulo. O documento alertou para os riscos de covid-19 nas aglomerações e decorrentes das declarações públicas feitas nas manifestações e nas redes sociais, com pautas que não representam as demandas da categoria.

A ação ainda aponta que os atos foram convocados com a promessa de financiamento, custeio e pagamento das despesas para os participantes, explorando economicamente caminhoneiros empregados e transportadores autônomos com propósito de exigir o afastamento de ministros do supremo Tribunal Federal (STF).






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