Atentado contra ciganos
Uma das vítimas de atentado recebe alta
Investigação está em andamento; polícia mantém detalhes em sigilo
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Uma das vítimas da tentativa de assassinato ocorrida no dia 10 de agosto, no centro de Balneário Camboriú, a mulher de 29 anos que estava internada no hospital Ruth Cardoso, recebeu alta e já prestou depoimento à polícia Civil. O cunhado dela, de 24 anos, ainda permanece na UTI. Os dois passaram por cirurgia, mas o quadro do rapaz era mais grave.
De acordo com o delegado Vicente Soares, que conduz a investigação do caso, o inquérito não foi concluído. “Não podemos passar maiores informações para não atrapalhar o andamento dos trabalhos”, ressaltou. Ele disse não poder repassar o que a mulher falou no depoimento e que ainda precisa ouvir o rapaz que está internado.
As duas vítimas são ciganos que vieram da Bahia e fugiam de um conflito entre familiares que já resultou em mortes registradas em seis estados. Eles foram baleados à queima roupa por um homem quando estavam sentados na calçada na Terceira avenida, em frente da academia SmartFit.
Dois homens já identificados são suspeitos do crime, mas as informações sobre eles são mantidas em sigilo pela polícia. A moto usada pela dupla foi achada perto do local dos disparos. A investigação apura se eles também estão envolvidos nas mortes de ciganos ocorridas em outros estados.
O conflito entre as famílias de ciganos se estende pelos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal. Um grupo de familiares vem fugindo dos rivais desde 2018, passando por vários estados, onde continuam sendo perseguidos.