Motoristas da empresa Transpiedade, que toca o transporte público coletivo em Itajaí, estariam ameaçando fazer greve diante da falta de reajuste da categoria. Com uma eventual paralisação, o serviço de ônibus poderá ser interrompido na cidade. Um grupo de trabalhadores não confirmou mobilização, dizendo que alguém estaria querendo fazer “greve” sozinho.
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Segundo um dos trabalhadores que confirmou o movimento, o último aumento dos motoristas ocorreu há dois anos, mantendo os salários estagnados até hoje em R$ 2471,01. A reivindicação seria ...
Segundo um dos trabalhadores que confirmou o movimento, o último aumento dos motoristas ocorreu há dois anos, mantendo os salários estagnados até hoje em R$ 2471,01. A reivindicação seria para a empresa fazer pelo menos a reposição de 9,32% da inflação acumulada no período.
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Outra queixa é a falta de aumento no vale-alimentação, que segue desde 2019 em R$ 350. Eles defendem ao menos um reajuste em 50%, com mais R$ 150 no benefício, que chegaria a R$ 500.
“Enquanto isso, outras empresas do transporte tiveram os respectivos aumentos salariais e no vale-alimentação”, comentou o motorista, citando o exemplo da viação Praiana, que teria reajustado o vale-alimentação pra R$ 600.
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A categoria ainda não fez nenhuma reunião de negociação com a empresa, mas um grupo de motoristas já estaria se reunindo pra organizar a mobilização. O reajuste atenderia cerca de 60 motoristas, além de cobradores.
O sindicato dos Motoristas de Itajaí e região informou que não está sabendo da mobilização.
Segundo o motorista que informou a situação ao DIARINHO, a reivindicação deve ser formalizada junto ao sindicato estadual da categoria em Florianópolis, pois com o contrato emergencial de transporte em Itajaí, o sindicato local não teria poderes para essa negociação.
Três motoristas da Transpiedade procuraram o DIARINHO na tarde desta quinta-feira para afirmar que desconhecem a ameaça de greve. “Fomos surpreendidos pelo assunto. Não existe ameaça de greve”, relatou um dos motoristas.
Outro trabalhador alega que ele e os colegas de trabalho não cogitaram qualquer tipo de greve e não sabem de onde surgiu essa informações.
O gestor operacional da Transpiedade em Itajaí, Nairo Rodrigo da Silva, disse que recebeu com surpresa a notícia da mobilização e possível greve, considerando que não foi procurado pelos trabalhadores e que não houve nenhuma reunião. A situação foi informada à direção da empresa em Campo Largo, na região da Curitiba (PR), onde fica a sede da Transpiedade.
Nairo informou que no momento os trabalhos em Itajaí estão focados na ampliação de linhas em razão da volta das aulas presenciais na rede municipal, prevista a partir da segunda-feira. A empresa toca o serviço de ônibus de forma emergencial desde 2020, enquanto a licitação definitiva do transporte segue em andamento.
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