O laboratório norte-americano Moderna começou a testar uma vacina contra o HIV baseada na tecnologia do RNA mensageiro (mRna), o mesmo tipo da vacina anti-covid. A fase 1 dos testes em humanos, publicada formalmente no registro do Instituto Nacional de Saúde (NIH), nos Estados Unidos, envolverá 56 pessoas que têm entre 18 e 50 anos e que não são portadoras do vírus. Como toda ação inicial, o estudo visa verificar a resposta imune e a segurança da aplicação. Essa primeira fase deve durar cerca de 10 meses.
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Caso haja sucesso nessa primeira etapa, mais duas serão necessárias para que as agências sanitárias liberem a aplicação em humanos: a segunda, que vai analisar a resposta das defesas do ...
Caso haja sucesso nessa primeira etapa, mais duas serão necessárias para que as agências sanitárias liberem a aplicação em humanos: a segunda, que vai analisar a resposta das defesas do organismo e a segurança, e a terceira, mais ampla, que testa a real eficácia das doses.
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Diferentemente das vacinas “tradicionais”, que usam partes de vírus ou o vírus inativado, as da tecnologia com RNA mensageiro “ensinam” as células do corpo a produzir antígeno contra o vírus. Os estudos com essa tecnologia, que iniciaram no início da década de 1990, ganharam investimentos financeiros bilionários por conta da pandemia de covid-19.
Ao longo de 40 anos de casos registrados do vírus HIV, os investimentos pro desenvolvimento da vacina contra a doença que causa a Aids e ataca todo o sistema imunológico eram menores - e muitos testes não conseguiram ir adiante. Mas, também por conta do incentivo ao desenvolvimento das vacinas pro coronavírus, o HIV voltou aos holofotes.
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Um outro estudo, iniciado em julho deste ano, quer testar uma nova vacina em mais de seis mil pessoas na África, Américas (incluindo o Brasil) e Europa. Ela usa o método tradicional com um vetor, chamado de “adenovírus 26”, que é inofensivo aos seres humanos.