O casal Dilson Nunes da Silva e Anita Furtado da Silva entrou com uma representação judicial contra o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos) e a prefeitura de Balneário Camboriú cobrando uma indenização por cinco imóveis que foram desapropriados pelo município para criação do parque Municipal Morro do Careca.
Continua depois da publicidade
A desapropriação ocorreu em 2012 e até hoje, segundo o advogado Alexandre F. da Silva, o casal não recebeu o pagamento de R$ 5 milhões. Com a notificação, o advogado solicita que a prefeitura ...
A desapropriação ocorreu em 2012 e até hoje, segundo o advogado Alexandre F. da Silva, o casal não recebeu o pagamento de R$ 5 milhões. Com a notificação, o advogado solicita que a prefeitura faça o depósito prévio do valor da área que era de propriedade do casal.
Continua depois da publicidade
Na notificação, Alexandre alega que um parecer emitido pelo Conselho da Cidade de Balneário Camboriú (ConCidadeBC) recomenda que a prefeitura promova com a indenização aos proprietários. O valor do metro quadrado da área está avaliado em R$ 1.825,53, o que renderia aos donos quase R$ 5 milhões de indenização, segundo o advogado.
A notificação dá prazo de 10 dias para que o município faça o depósito. “Em caso de não realização dos pagamentos no prazo assinalado, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis, especialmente no que tange à apuração da prática de ato de improbidade administrativa e outros eventuais crimes”, alega o advogado.
Continua depois da publicidade
Projeto de regularização
A prefeitura de Balneário Camboriú confirma que recebeu a notificação que cobra o pagamento de indenização por desapropriação realizada pelo município no ano de 2012, quando foi criado o Parque do Morro do Careca.
Na época ficou especificado que essas indenizações seriam pagas por meio de Transferências de Direito de Construir (TDCs), mas a matéria nunca foi regulamentada por lei.
“A prefeitura já enviou projeto regularizando o pagamento para a câmara de vereadores, houve alguns questionamentos dos vereadores e o projeto voltou para o executivo. Mas será enviado de volta à Câmara com os esclarecimentos solicitados. Só a partir da aprovação deste projeto será possível fazer o pagamento das desapropriações com TDCs”, informou, através de nota oficial, o município de BC.