A fisioterapeuta Giordana Cruz dos Santos, de Itapema, denunciou pelas redes sociais a agressão sofrida pelo irmão, o estudante de medicina veterinária João Vitor Cruz dos Santos, de 22 anos, por seguranças do bar Smoke Drink Lounge, no bairro Meia Praia, em Itapema, na noite de sexta-feira.

Ela relata que o irmão foi espancado covardemente por quatro seguranças que se diziam policiais. A agressão teria ocorrido após uma “discussão boba” devido ao rapaz estar falando alto. Conforme registro no boletim de ocorrência, João estava com amigos na área de fumantes do estabelecimento e falava alto, quando foi agredido.

Depois da surra, João foi levado para o hospital de Itapema, sendo transferido posteriormente para o hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Ele fez laudo médico e passou por tomografia. A família já levou o rapaz para casa, em Itapema, onde ele está sendo acompanhado por médicos amigos dos familiares e em recuperação.

Além da agressão, os seguranças fizeram ameaças para que o caso não fosse divulgado, conforme disse a irmã da vítima. O boletim de ocorrência foi feito na madrugada de sábado por lesão corporal grave.

“Estamos morrendo de medo, porém queremos que a justiça seja feita. Meu irmão poderia ter morrido”, comentou Giordanau. Ela ainda relatou que o estabelecimento não prestou socorro e não interviu pra que os seguranças parassem o espancamento covarde.

No momento da agressão, dois colegas que estavam com a vítima tentaram intervir mas foram ameaçados e saíram do local com medo de serem agredidos. Foram eles que chamaram a polícia e ligaram pro Samu.

Seguranças substituídos

Outros clientes que presenciaram o espancamento também pediram para os seguranças pararem de bater porque o rapaz já nem conseguia mais se defender. Após a denúncia da irmã, outras pessoas se manifestaram nas redes sociais relatando que também já foram vítimas dos mesmos seguranças e que estão com processos correndo na justiça.

Em esclarecimento pelas redes sociais nesta segunda-feira, o bar disse não compactuar com o caso de agressão física. “O estabelecimento tem segurança terceirizada e foi solicitada a troca dos seguranças”, informou a nota. Ainda segundo o comunicado, a direção disse que o bar prestou socorro ao cliente.

“Estamos entrando em contato com a família do cliente para prestar todo o apoio possível. Salientamos a todos que não aceitaremos difamação contra o nome Smoke Drink”, diz a postagem.

Caso em Balneário

No final de semana retrasado, outro caso de agressão em casa noturna foi registrado na região. Em Balneário Camboriú, o aeronauta L. F., 30 anos denunciou que apanhou de três seguranças no The Grand, após discussão por causa da conta. A vítima teria sido barrada na saída da casa por não apresentar uma comanda específica que comprovaria o pagamento daconta.

Houve bate-boca com os seguranças e o caso terminou em agressão. Na versão do estabelecimento, o cliente estava alterado e já teria se metido em confusão com outro cliente, além de ter maltratado os funcionários, xingado a funcionária do caixa e agredido um segurança, quando foi contido.