Santa Catarina
Assassinatos, roubos e furtos têm queda, mostram os números
Itajaí, BC, Camboriú e Itapema registraram menos homicídios neste início de ano em comparação com dados de 2020
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
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Dados do boletim mensal da secretaria Estadual de Segurança Pública apontam que os crimes violentos seguem em queda em Santa Catarina, com o registro das menores taxas da série histórica. De 1º de janeiro a 31 de maio, houve queda de 21,4% nos assassinatos, com 74 mortes a menos que o mesmo período do ano passado. Os roubos caíram 17%, com 768 ocorrências a menos, e registro de furtos teve queda de 10,5%, com 4305 casos a menos.
Ainda houve queda no número de mortes violentas, que passou de 415 pra 324 no período. O total envolve homicídios, feminicídios, latrocínios e mortes em confrontos policiais. Os casos de feminicídio também tiveram redução, caindo 42,9%. Foram 12 casos registrados em 2021, contra 21 nos primeiros cinco meses de 2020. O pico nos últimos três anos foi em 2019, com 29 casos.
Em Balneário Camboriú, o número de homicídios caiu de nove pra quatro na comparação entre os primeiros meses de 2020 e de 2021. O total no ano passado foi de 11 assassinatos. Em Itajaí, a queda foi de 11 pra nove no período analisado pelo boletim. No ano passado inteiro foram 23 homicídios. Em Itapema, foram quatro casos a menos, caindo de 11 pra sete mortes.
Em Camboriú também houve redução, de seis pra quatro homicídios no período. Entre as principais cidades da região, Navegantes, Penha e Porto Belo foram destaque negativo, com alta no total de assassinatos. Em Navegantes, o boletim mostra dois casos a mais que o mesmo período do ano passado. Até maio, a cidade registrou sete mortes, contra cinco do período em 2020, quando foram registrados 12 homicídios ao longo do ano.
Penha teve três mortes
Em Penha, a polícia registrou três homicídios até maio, superando os dois casos totais em 2020, que ocorreram nos primeiros meses do ano. Em Porto Belo, que não havia registrado nenhum assassinato no começo do ano passado, apenas um no segundo semestre, já teve dois casos este ano.
Os dados de homicídios no estado incluem também os assassinatos de mulheres motivados pela questão de gênero, mas o boletim não traz o detalhamento por cidade dos crimes de feminicídios. A secretaria estadual de Segurança não respondeu sobre a lista dos casos até o fechamento da matéria.
Caso Mariane
Na região, o caso de maior repercussão foi o feminicídio de Mariane Quele Carmo dos Santos, 35 anos, de Itajaí. Ela foi morta a facadas e o corpo foi achado no rio Itajaí-açu, em abril. A morte foi planejada pelo marido, Joedison Souza dos Santos, 40, o pastor Jota. A amante dele e dois parentes da acusada, incluindo um adolescente, também foram indiciados pela polícia. Em 2020, Santa Catarina registrou um feminicídio por semana, em média, com 57 casos, além de 160 tentativas. Quatro mortes foram em Balneário Camboriú.
Mais denúncias e investimentos em segurança
Segundo o presidente do colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina, coronel Charles Alexandre Vieira, a redução dos crimes violentos no estado é fruto de um trabalho intenso das forças de segurança, junto com a comunidade.
“A sociedade também tem nos ajudado. As mulheres estão denunciando mais e utilizando nossos canais como o aplicativo da polícia Militar e a delegacia virtual da mulher da polícia”, comentou.
O governador Carlos Moisés (PSL) destacou que o resultado reflete os investimentos feitos em segurança. Foram destinados R$ 343 milhões pra melhoria de viaturas, armamentos e sistemas de tecnologia. “Este é o maior valor já aplicado na área de Segurança Pública da história de Santa Catarina”, ressaltou.