Para não errar
Máscaras caseira, cirúrgica e N95: quando usá-las?
Entenda qual a mais adequada para cada situação do dia a dia
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A máscara de proteção respiratória tornou-se um item obrigatório e tende a permanecer como um utensílio indispensável no novo normal. Aliás, o costume já existia em alguns países asiáticos antes mesmo desta pandemia e era visto com certa curiosidade por nós ocidentais, pois além da covid-19, ela protege de uma série de outras patologias que têm como porta de entrada no organismo as vias aéreas superiores. No entanto, muitas pessoas ainda não sabem que existem diversos tipos de máscaras, e que cada um deles deve ser utilizado em ocasiões específicas.
“Existem muitas opções no mercado e não tem um modelo ideal, melhor ou pior. O que existem são diferentes tipos para situações distintas, contanto que tenham mais de uma camada de tecido para evitar a proliferação do agente contaminante”, explica a médica especialista em saúde pública Rosalie Knoll. Opinião compartilhada pelo infectologista e coordenador do Curso de Medicina da Univali, Pablo Sebastian Velho.
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Gislaine Fongaro [doutora em Biotecnologia e Biociências, atuando na Virologia Básica e Ambiental, junto ao Laboratório de Virologia Aplicada do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)], pondera que as máscaras “mais simples” não evitam a respiração de partículas virais, mas evitam a proliferação de aerossóis que transportam as partículas. “Ou seja, reduzem a probabilidade de lançamento de partículas no ambiente pelo usuário, reduzindo a probabilidade de contaminação”.
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Anvisa proíbe alguns tipos de máscaras em aviões
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) endureceu a adoção de medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus e desde o dia 25 de março veta o uso de vários tipos de máscaras em aviões, áreas de embarque e esteiras de bagagem nos aeroportos. Estão proibidas as máscaras de acrílico ou de plástico; máscaras com válvulas de expiração, incluindo os modelos N95 e PFF2 [os modelos sem válvula são permitidos e são os mais recomendado]; lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção; protetor facial (face shield) sem máscara por baixo; e máscara caseira com uma só camada [como em crochê, que não observam o guia de requisitos básicos para métodos de ensaio, fabricação e uso [ABNT PR 1002].
A resolução da Anvisa também estabelece que as máscaras devem estar bem ajustadas ao rosto [cobrindo o nariz, queixo e boca, minimizando espaços que permitam a entrada ou saída do ar e de gotículas] e deixa claro que tanto dentro dos aeroportos quanto dentro dos aviões, a retirada da máscara só é permitida para beber ou comer, tendo em mente o distanciamento de outras pessoas.
A máscara mais indicada para viagens de avião ou ônibus são as do tipo PFF2 ou N95 sem válvula.

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Tipos mais comuns



Qual a mais adequada para mim?
• A máscara de tecido deve ser utilizada por todos ao sair de casa, em ambientes abertos ou fechados, nas ruas, parques, ônibus, metrôs e supermercados.
• A máscara cirúrgica deve ser usada por pacientes suspeitos ou confirmados com sintomas de síndrome gripal e, se esses pacientes tiverem um acompanhante, ele também deverá usar esse modelo. Profissionais de saúde e de apoio também devem utilizar máscara cirúrgica sempre que prestarem assistência a paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo coronavírus, assim como trabalhadores que fazem a limpeza dos quartos e áreas de isolamento durante todo o processo de higienização desses ambientes.
• A máscara N95 deve ser usada por profissionais de saúde sempre que realizarem procedimentos geradores de aerossóis no atendimento a pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo oronavírus.
• Outra alternativa para aumentar a proteção é a sobreposição de máscaras. Os modelos confeccionados em algodão que possuem três camadas protegem 70% contra a entrada de partículas. Estudos comprovam que o uso de duas máscaras simultaneamente, uma cirúrgica e outra de algodão sobreposta, também é recomendado e faz com que a proteção suba para 92%.
• As máscaras com válvulas são chamadas de “egoístas” porque protegem quem a usa, mas se a pessoa estiver infectada poderá expelir gotículas e contaminar quem estiver ao redor.