SC entre estados com alta no número de casamentos
Levantamento do IBGE mostra estado na contramão da situação no Brasil
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Na contramão do cenário nacional, Santa Catarina registrou aumento no número de casamentos em 2019, conforme dados do Registro Civil, divulgados nessa semana pelo IBGE. No ano passado, o estado registrou 33.160 casamentos, numa alta de 1,1%, ou 345 casamentos a mais, em relação a 2018. No Brasil, o número de matrimônios teve queda de 2,7% entre 2018 e 2019, em redução que vem desde 2016.
Santa Catarina está entre os 10 estados que tiveram aumento nos casamentos, em 8º lugar. Amapá e Amazonas lideram a lista de casamenteiros, enquanto teve a maior queda nos registros. Dos mais de 33 mil casamentos registrados em Santa Catarina no ano passado, 375 (1,13%) foram entre cônjuges do mesmo sexo, sendo 195 casamentos entre mulheres e 180 entre homens.
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Apesar da quantidade, houve uma queda de 12,6% nesse tipo de casamento no estado, em comparação com 2018, quando foram 429 matrimônios. O número de casórios entre mulheres, porém, superou os entre homens. O levantamento coloca o estado entre os seis do país que tem mais casamentos entre pessoas do mesmo sexo, com São Paulo à frente.
Os casamentos catarinenses, no entanto, estão durando menos do que há 10 anos, seguindo uma realidade nacional. No estado, os matrimônios estão durando, em média, três anos a menos que em 2009, quando a duração média de um casamento era de 18,2 anos. Em 2019, o tempo caiu pra 15,3 anos, mas ainda cima da média do país. No Brasil, a duração média reduziu de 17,5 pra 13,8 anos.
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Mesmo com a queda na longevidade dos relacionamentos, Santa Catarina passou de 11º pra 5º no ranking de duração dos casamentos. As estatísticas detalham que os homens catarinenses esperam mais pra casar que as mulheres. Enquanto elas casam ao 28,1 anos, eles casam com 30,6 anos, em média.
Os dados mostram que a idade média dos cônjuges catarinense teve o 2º maior crescimento no país nos últimos 10 anos. Entre 2009 e 2019, a média de idade dos homens aumentou em 2,6 anos e a das mulheres, em 2,9 anos. O mês de novembro é o preferido dos catarinenses pra casar, com 3624 cerimônias no ano passado. No Brasil, a maior proporção é em dezembro.
Sem festas
Para o próximo ano do levantamento, o número de casamentos deve seguir em queda no país em razão das consequências da pandemia de coronavírus.
Pesquisa feita pela plataforma Icasei, que reúne sites de casamentos, aponta que a pandemia provocou redução nas cerimônias no Brasil.
A queda após o início quarentena, em março, foi de até 61,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A pesquisa mostrou também que a maioria dos casais decidiu adiar o casamento marcado pro período da quarentena, enquanto 3% cancelariam e 32% dos casais manteriam a data ou aguardariam pra decidir.
Divórcios aumentaram
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O número de divórcios também aumentou em Santa Catarina, segundo o IBGE, com o estado novamente na contramão da situação do país, que registrou redução de 0,5% nas separações.
A alta catarinense foi de 0,35%, com 13.388 divórcios em 2019, o que representa 47 a mais que em 2018. O percentual coloca o estado na 8ª posição entre os que mais registram separações no país.
A maior parte dos divórcios segue sendo via judicial, mas houve aumento de 36,2% nas separações amigáveis, concedidas extrajudicialmente, sendo o maior percentual do país. A idade média dos casais que se separam não mudou significativamente, com eles na faixa dos 43,9 anos e elas com 40,9 anos.
Em razão das separações, a guarda compartilhada de filhos menores teve alta. Entre 5216 divórcios dados em 1ª instância, em 1470 deles a justiça autorizou que ambos os cônjuges sejam responsáveis pela criança.
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