Vizinho agride casal e amigo com correntes de ferro
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O conferente Renato Costa Correia, 33 anos, a esposa e um amigo foram agredidos com uma barra de ferro e correntes metálicas na madrugada de sábado. O ataque foi na rua Sebastião Bonifácio Cardoso, no bairro Fazenda, em Itajaí, por um vizinho e o filho dele. A confusão começou porque um cachorro da rua começou a latir por volta das 3h30 quando o grupo saiu de casa e o vizinho alegou que a culpa era deles. O conferente conta que estava em casa com a família e recebeu um amigo para comemorar a retomada ao trabalho da esposa, Anne Catarini Silva, 37. Eles ficaram conversando na mesa da cozinha e, por volta das 3h10 da madrugada, o meu amigo, pediu para que eles o acompanhassem até a esquina para ele ir embora. “Ao sair de casa, o cachorro que é da filha da dona da casa [alugada] latiu. Eu e o meu esposo deixamos o Vitor na esquina. Quando estávamos voltando para casa fomos surpreendidos pelo vizinho Silvio, que falou que estávamos fazendo baderna e o cachorro latindo por nossa causa”, conta Anne. Anne respondeu que o cachorro não era deles e que o senhor deveria reclamar com a dona, que é proprietária da casa onde Renato e Anne moram. “O filho do Silvio apareceu na sacada da casa já me agredindo verbalmente, mandando eu calar a boca, me chamando de puta, prostituta, vagabundos...”, conta. Renato falou para o rapaz ter respeito com a esposa. “Rapaz, respeita uma mulher, mãe de família e me respeite pois sou esposo dela”, narra. O filho de Silvio abriu o portão e chamou Renato pra briga. “Eu tentando acalmar o filho, o Silvio foi até o meu esposo, me empurrou, nos derrubou no chão, com uma corrente de cachorro, nos açoitando, como se nós tivéssemos em uma senzala, como se fosse um carrasco batendo em escravos”, narra Anne. O amigo do casal voltou ao ver a confusão. Vitor também apanhou. Os dois também teriam xingando o rapaz de “veado” e ouvido que eles tinham “saído do estado deles pra fazer arruaça aqui”. O casal é nordestino e Vitor, homossexual assumido. Anne gritou por socorro, até que a dona da casa saiu para a rua e pediu para eles pararem as agressões. A polícia Militar foi chamada depois das agressões e o casal registrou o BO. O Samu também atendeu o casal e o amigo Vitor na rua. Tanto Renato como Anne estão sofrendo com as dores. Como a dor não passava, na tarde de sábado, Renato foi levado pro hospital Marieta Konder Bornhausen. Ele passou por uma tomografia e constatou uma fratura no rosto. O conferente terá que passar por uma cirurgia. “Meu marido está com uma fratura na face por conta da corrente que ele foi agredido. Ele terá que passar por uma cirurgia. Vamos também fazer um exame nos olhos, porque o olho está muito inchado e coagulado o sangue”, informou. A família pretende processar Silvio e o filho pelas agressões por racismo e xenofobia. Na segunda-feira, o casal e Vitor farão exame de corpo delito.