Itajaí

Diretor do Semasa foi demitido mas prefeito Volnei voltou atrás

Cúpula do Semasa, depois de reunião, ganhou voto de confiança pra resolver sal na água

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diretor Geral do Semasa, Diego Antonio da Silva, confirmou à reportagem do DIARINHO, ontem à tarde, que foi demitido pelo prefeito Volnei Morastoni (MDB). Horas depois, o próprio Diego anunciou que o prefeito Volnei voltou atrás na decisão.

Segundo Diego, ele e os demais diretores da autarquia ficam no cargo. Ao DIARINHO, Diego disse que o problema da salinidade na água será resolvido até a próxima segunda-feira e que o prefeito acreditou na competência dos diretores para resolver a crise no abastecimento.

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Já a prefeitura de Itajaí não se manifestou sobre a crise no Semasa durante todo o dia, mesmo com insistentes pedidos de informação da reportagem.

A grave crise no abastecimento de Itajaí começou no dia 13 de outubro com o rompimento da ombreira da barragem do Semasa e a contaminação da água da rede com água do mar.

Itajaí e Navegantes, depois de duas semanas sofrendo com altos índices de salinidade na rede do Semasa, desde domingo, sofrem, também, com a falta de água.  A causa do novo problema foi o rompimento de uma adutora do bairro Cordeiros, incidente que secou as torneiras da cidade por mais de 72 horas.

Ao meio-dia de quarta-feira, Diego, Vitor Silvestre, e Jorge Andrade foram demitidos do comando da autarquia. Só que em uma reunião com Volnei, no início da noite, as demissões foram revertidas. “O prefeito acreditou na nossa competência e vamos resolver o problema da água. A nossa equipe é competente, capaz e vai solucionar o problema em até cinco dias”, afirmou Diego ao DIARINHO.

Pra resolver o problema, Diego está com três frentes: a obra na barragem pra conter a cunha salina, a compra de água da Emasa pra abastecer a praia Brava, e a finalização da obra da adutora da Mario Uriarte.

Ontem, a adutora de Cordeiros foi consertada por completo. “Até quarta-feira 60% da cidade estava sem água”, explicou. Com o conserto, os reservatórios começaram a encher e o abastecimento seria normalizado nas próximas horas.

A obra pra evitar o sal na captação de água foi finalizada na parte traseira da barragem. Hoje, a obra recomeça com a colocação de pranchas metálicas e escoramento com estacas e sacos de areia. “O sal já tem caído consideravelmente na água”, afirmou.

Água da vizinha

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Outra medida emergencial  é a compra de água da Emasa pra abastecer a Praia Brava – um dos bairros mais atingidos porque depende da água do reservatório do Morro da Cruz, que pode levar até três dias para encher e abastecer o bairro distante.

Na terça-feira, Diego pediu apoio da Emasa pra abastecer o bairro. Ontem, o processo já tinha começado, mas foi suspenso.

Segundo o diretor da Emasa, Douglas Costa Beber, os registros foram abertos pra abastecer o bairro da cidade vizinha, mas não chegaram a ficar duas horas ligados. Com a demissão de Diego, o pedido de água foi suspenso, mas hoje será retomado.

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A compra de água vai ajudar comerciantes como Max Brahma, dono da Gamers Pizzaria, na rodovia Osvaldo Reis. Ele está há 72 horas sem água na pizzaria e tem comprado água mineral para conseguir trabalhar e manter a pizzaria aberta.

Além de cozinhar, ele  também compra água pra dar conta da limpeza do restaurante. “Estou gastando R$ 50 diários com a compra de pelo menos cinco bombonas de 20 litros de água mineral”, lamenta Max.

Água, quando chega, está suja, denunciam consumidores

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Outra grande reclamação tem sido sobre a água imprestável que chega da rede  do Semasa nas casas.

Um morador da rua Ivo Stein Ferreira, no São Vicente, diz que a água estava chegando suja depois de ter ficado na secura por dois dias.

A água é salgada e queimou o chuveiro da casa. “Não estou usando a água para cozinhar.  Tive um problema com a resistência do meu chuveiro, que queimou e está esgotada em toda a cidade. Tive que comprar um chuveiro novo, mas o Semasa não quis me ressarcir,” reclama.

O morador conta que o chuveiro era simples e não encontrou a resistência mais  para vender. Ele teve que comprar o aparelho novo. “Quando levei no Semasa eles disseram que só pagam a resistência. Daí expliquei a situação de que não achei a resistência em lugar nenhum e eles falaram que iriam pagar somente o valor da resistência à venda na internet. Ou seja, não viram meu problema como um todo, achei um grande descaso da Semasa por causa de R$ 115”, desabafa.

Outro consumidor, morador na rua Anastácio José Mendes, no Cidade Nova, sofre com a falta de água há cinco dias consecutivos. “Quando vem, vem um fio e preta. Estamos tomando banho frio há dias para não estragar o chuveiro. Porém,  os encanamentos da casa já estão sofrendo com o acúmulo de terra”, relata.

O mesmo está acontecendo com uma moradora do bairro São João, que relatou que a água que tem chegado na sua casa, na rua José Candido, é marrom, salgada e mal cheirosa. Outro caso semelhante foi relatado também na rua José Quirino, também no bairro São João.

O Semasa diz que ontem deu várias descargas na rede para limpar a tubulação, após o conserto da adutora da rua Mário Uriarte. A promessa é que a manobra deve melhorar a qualidade da água a partir de hoje.



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