A empresa começou a ser investigada em março deste ano, após a DIC receber reclamações de farmácias que estavam vendendo álcool em gel de mentirinha.

A DIC, com apoio do Procon e da vigilância Sanitária, fiscalizou e apreendeu os frascos do produto.

As amostras apreendidas em quatro farmácias foram encaminhadas ao Instituto Geral de Perícias. O laudo pericial atestou a concentração de apenas 44,1 INPM, sendo que o correto era conter a concentração de álcool etílico entre 60 e 70%.

O delegado Ícaro Malveira diz que as amostras não continham data de validade, data de fabricação ou o número de lote.

O produto coloca em risco a saúde e a vida dos consumidores.

Com a confirmação da denúncia, o delegado indiciou o representante legal da empresa fabricante e o químico responsável pelo setor de análise de qualidade da empresa por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. A pena é de 10 a 15 anos de prisão.

Mais investigações em Itajaí e Rio Grande do Sul

O delegado explica que esse inquérito policial é sobre os produtos apreendidos em Balneário. Existe outro inquérito sendo tocado pela polícia de Itajaí e também houve denúncias  investigadas pelo ministério Público do Rio Grande do Sul.

No estado vizinho, o laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) chegou a verificar concentrações de 35,6º INPM e 48,5º INPM, bem abaixo do mínimo exigido para a prevenção de doenças causadas por vírus e bactérias, como o coronavírus. O MP recomendou a retirada do produto do mercado.

Em junho, a 13ª promotoria de Justiça de Itajaí reforçou a recomendação à empresa Wave para que deixasse de vender o produto “Gel Higienizador de Mãos – Álcool em Gel 70, 400ml” devido à ineficácia do produto pra eliminação de microrganismos como o coronavírus. A empresa ainda teve que retirar a propaganda do produto do site e colocar um comunicado oficial avisando da suspensão de venda. O aviso segue no site da empresa.