Funcionários do supermercado Munhoz, no bairro Vila Real, em Balneário Camboriú, teriam sido demitidos após se afastarem com sintomas do novo coronavírus. As demissões seriam represálias pela quarentena da doença. A denunciante, que prefere não ter o nome divulgado, conta que está afastada do trabalho e foi diagnosticada na terça-feira com covid-19. “Tem mais de cinco meninas que são caixas de atestado. Sem falar que mandaram embora três por apresentarem o atestado”, avisa. Segundo a denúncia, a empresa alega que o motivo das demissões não é o afastamento por covid, mas todos que têm pegado atestado estão sendo demitidos no retorno. Ela diz que metade dos funcionários está afastada e quando voltar provavelmente será dispensada. A preocupação de ser demitida aumentou quando ela viu o mercado anunciar nas redes sociais que está contratando. São 10 vagas abertas, entre açougueiro, operador de caixa e atendente de padaria. “Estão contratando porque assim que nós voltarmos com certeza vamos ser mandadas embora”, acredita. Além das demissões, o mercado não estaria adotando medidas sanitárias de combate à doença. “Não tem faixa respeitando distanciamento nenhum. Mal tem uma menina que limpa as coisas. E só estou falando tudo isso porque ninguém fala com medo de ser mandado embora”, afirma. Outro problema seria a falta de limpeza dos carrinhos e cestinhas usadas pelos clientes, que não tem acontecido com a frequência recomendada pela vigilância sanitária. O DIARINHO entrou em contato com o mercado Munhoz e também conversou com a advogada da empresa. Ela garante que a denúncia não procede. Desde o início da pandemia, apenas um funcionário foi demitido e a demissão não teve nenhuma relação com o coronavírus. A vigilância sanitária ficou de se posicionar sobre as vistorias feitas no mercado durante a pandemia, mas até o fechamento desta matéria ainda não tinha repassado às informações.