Itajaí
Ir contra pedágios tem seus percalços
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

A Federação Catarinense dos Municípios uniu-se às três Associações de Municípios da região Sul (Amesc, Amrec e Amurel) para protocolar uma representação no Tribunal de Contas da União e, futuramente, aos ministérios Público Federal e Estadual para pedir a suspensão do edital de concessão do trecho Sul da BR-101, de Paulo Lopes a Passos de Torres. O motivo de toda a repercussão, que já levou a protestos na rodovia, é a configuração de quatro praças de pedágio no trecho de 218 quilômetros, considerado abusivo pelos moradores e líderes políticos e empresariais da região, que levam em consideração o trecho norte da mesma rodovia. O argumento, baseado em um laudo encomendado à Mais Engenharia Diagnótisca, aponta que, nos 252 quilômetros restantes, há um funcionamento mais do adequado de cobrança em quatro outras praças (Palhoça, Porto Belo, Araquari e Garuva), com foco no preço que, já que o valor referencial previsto no edital do Ministério da Infraestrutura para o trecho Sul chegaria a R$ 5,19 contra R$ 2,70 (automóveis, caminhonetes e furgões) até R$ 16,20 (caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque), cobrado no trecho Norte. AÇÃO NA GRANDE FLORIANÓPOLIS Quando o MDB projeta para eleger 120 prefeitos, 19 a mais do que em 2016, um dos maiores desafios está em recuperar a prefeitura de Florianópolis depois que Gean Loureiro deixou o partido e foi para o DEM e garantir as já conquistadas na região metropolitana. Por isso, uma reunião, em Palhoça, com a presença do senador Dário Berger foi bem além do diagnóstico do cenário político que cada um dos 13 municípios da região de apresentar no próximo dia 3 de março, na Arena Petry, em São José. Hoje, o ão comanda nenhum dos quatro maiores colégios eleitorais da Grande Florianópolis, a Capital, São José, Palhoça e Biguaçu, maioria nas mãos do PSD, ainda como reflexo dos tempos em que Raimundo Colombo era governador e Gelson Merisio presidente estadual da sigla. A palavra do ministro Há dois fatos que depõem contra a pretensão dos catarinenses e que devem ser considerados sob qualquer ótica ou estratégia. O primeiro é que o governo federal, nas palavras do ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), mudou o modelo de cobrança do quilômetro rodado para tornar mais atraente a concessão e as exigências para quem vencer o certame; o segundo é o de que, no caso da judicialização que se avizinha, o processo se arraste por décadas, o que trará inevitável degradação do trecho sul da BR-101. Revanche De nada adiantou, no ano passado, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinar que o jornalista Glenn Greenwald, norte-americano radicado no país e responsável pelo site The Intercept Brasil - o profissional que divulgou os diálogos entre o então juiz federal Sérgio Moro e o chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Deltan Dallagnol - não fosse investigado, pois ele agora foi denunciado pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira. Para Oliveira, não existe direito de divulgação de fatos e a liberdade de imprensa, já que considera que houve a participação de Greenwald na invasão de celulares de autoridades, na Operação Spoofing, juntamente com outras seis pessoas denunciadas, porque o jornalista “teria auxiliado, orientado e incentivado as atividades criminosas do grupo” ao pedir que os mesmos apagassem as mensagens, retiradas do aplicativo Telegram, após enviadas ao Intercept. Interessante Em tempos de críticas de magistrados e procuradores à Lei de Abuso de Autoridade, o peso é diferente quando o vazamento de informações que enche páginas de jornais e telejornais, postagens nas redes sociais e nos blogs de jornalistas é oriundo da Polícia Federal, do MPF ou do Judiciário, e, principalmente, de muitos advogados que não respeitam o sigilo das investigações, o que parece ser ignorado e não caracteriza crime, fica por isso mesmo. Greenwald deve ter seus pecados, cometeu eventuais exageros e fez ilações, mas divulgou informações relevantes, chamadas de “bobajarada”, no programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, pelo agora ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) que, por mais relevantes serviços preste à nação, não está acima da lei. Ninguém está! Para depois Dário Berger deu um basta, por enquanto, nas especulações de seu nome ao governo, em 2022, e disse qu a prioridade é a eleição deste ano, sem a força da qual não se chega a lugar nenhum daqui a três anos, ainda mais com ineditismo de um pelito sem coligação na proporcional, que força a sigla a ter chapas fortes para as câmaras de vereadores, mesma visão da coordenadora regional do partido na Grande Florianópolis e presidente estadual do MDB Mulher, a ex-deputada Dirce Heiderscheidt, que confirma que a mobilização já começou no ano passado. Os prefeitos de Águas Mornas, Omero Prim; São Pedro de Alcântara, Ernei José Stähelin; e de Rancho Queimado, Cleci Veronezi, irão à reeleição, e o vice-prefeito de Antonio Carlos, Nelinho Richartz, confirmou a candidatura para suceder o emedebista Geraldo Pauli, enquanto , em Biguaçu, o vereador Salmir da Silva, garante que estará na disputa na majoritária. Nos detalhes O vereador Rafael Daux, presidente do MDB de Florianópolis, informou que já mapeou mais de 20 potenciais candidatos para a Câmara – o partido pode ter até 35 postulantes ao cargo. A grande dúvida ainda paira sobre quem será o candidato a prefeito na Capital, pois, além do próprio Daux, há a possibilidade de composição com o PSL e outras siglas.
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