Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Os brasileiros poderiam estar na comemoração de um crescimento de 9,5% das vendas nos shoppings do país durante o Natal em relação ao ano passado, também com o aumento da vendas online e a queda da taxa de desemprego de 11,2%, no trimestre encerrado em novembro, mas a preferência de parcela significativa da população é por manter o mau humor e o pessimismo.
As questões ideológicas e políticas, que ainda separam os que venceram as eleições com Jair Bolsonaro e os derrotados que apoiam Lula, têm papel relevante na onda que não soma nada ao ânimo da nação, basta dar uma olhada nas redes sociais, abrigo de quem parece alimentar a cizânia e o ódio.
Notadamente, os catastrofistas instalados nos extremos de direita e esquerda não são a maioria da população, mas influenciam quando o assunto é olhar para o futuro apenas sob a ótica da contrariedade.
O ano pode não ter sido perfeito, talvez porque é vivido por seres imperfeitos, mas a perspectiva de uma melhora no cenário econômico, a chegada de medidas como a Reforma Tributária e a inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência, são muito mais interessantes do que usar problemas para fomentar o discurso eleitoral de 2020, em vez de esperar por um ano melhor.
UMA EVOLUÇÃO
O registro da foto, da esquerda para a direita, com o procurador de Justiça Davi Espírito Santo, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Controle de Constitucionalidade, o prefeito Joares Ponticeli (PP), de Tubarão, presidente da Fecam; e o procurador-geral de Justiça Fernando da Silva Comin, chefe do Ministério Público de Santa Catarina, é um marco para a transparência administrativa no Estado. Eles firmaram um termo de cooperação para a implantação do Programa Transparência Legal, que, entre outras medidas, disponibilizará, via Consórcio de Informática na Gestão Pública (CIGA), o já consolidado Diário Oficial dos Municípios, que será integrado a uma plataforma própria, sem custos adicionais, que trará outras informações ao contribuinte.
Continua depois da publicidade
Os desafios
Tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, os governos não estão imunes a desafios comuns: manter o nível de cortes na máquina pública e garantir recursos para o investimento.Iniciativas já foram tomadas, os primeiros passos da rediscussão do Pacto Federativo e os recursos da cessão onerosa do petróleo, do pré-sal, mesmo que sejam considerados paliativos, criam um clima de diminuição de problemas para fechar as contas das prefeituras.
O maior de todos
Continua depois da publicidade
A economia nos trilhos ajuda a política, sempre foi e será assim, algo capaz de eleger aliados com facilidade de norte a sul, saem que seja o suficiente para esquecer do principal. De longe o maior de todos os males é o desemprego endêmico, que supera a casa de 12 milhões de brasileiros, sem contar os desalentados, e que carrega muita gente para a informalidade desde o governo de Dilma Rousseff (PT), e olha que ela foi afastada da Presidência em 2016, antes de sofrer o impeachment.
Mais polêmica
O deputado estadual Bruno Souza (NOVO) encerra o ano com uma derrapada se considerado o trabalho bem executado de estreia no parlamento, onde, além de uma série de medidas de contenção de gastos no gabinete, o trabalho de defesa da constitucionalidade em plenário e nas comissões, liderou a importante CPI da Ponte Hercílio Luz, proposta por ele. Nas redes sociais, Bruno informou que, em uma enquete que propôs, a maioria de seus seguidores optou por “Separar Santa Catarina” do restante do país, um ataque xenofóbico desnecessário, que, de cara, contraria a Constituição do Estado.
Continua depois da publicidade
A realidade
O que todo o separatista ignora ou não gosta de propagar, incluindo o histórico movimento catalão, que pede o rompimento com o Reino da Espanha, é que qualquer saída de um país pressupõe pagar o percentual da dívida com bancos internacionais, nacionais, a União e outras nações. O discurso da cisão sempre ganha adeptos facilmente, até mesmo no Brexit, que separou economicamente a Inglaterra da União Europeia, um divórcio que terá consequências perigosas em futuro próximo, e denota a pretensiosa retórica de se considerar acima dos demais estados da federação, principalmente no caso catarinense em relação ao restante do Brasil.
Que tal dar uma lida
Bruno Souza contraria a própria Constituição do Estado de Santa Catarina, que jurou cumprir e proteger na posse, ao estimular o separatismo.É só ler o preâmbulo e o artigo 1º, que afirmam:
Preâmbulo
O povo catarinense, integrado à nação brasileira, sob a proteção de Deus e no exercício do poder constituinte, por seus representantes, livre e democraticamente eleitos, promulga esta Constituição do Estado de Santa Catarina.
Dos princípios fundamentais
Art. 1º O Estado de Santa Catarina, unidade inseparável da República Federativa do Brasil, formado pela união de seus municípios, visando a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, preservará os princípios que informam o Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania nacional; II - a autonomia estadual; III - a cidadania; IV - a dignidade da pessoa humana; V - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; VI - o pluralismo político.
Em números
Só a economia de papel com o Diário dos Municípios é calculada pelo CIGA em duas voltas na terra a cada um mês, um canal de comunicação oficial de 613 organizações públicas, utilizado por 262 das 295 prefeituras catarinenses. As etapas a serem cumpridas começam a ser definidas a partir de janeiro de 2020 com a participação das 11 instituições que assinaram o termo de cooperação: Fecam, Ministério Público estadual, CIGA, Controladoria-Geral do Estado de Santa Catarina (CGE-SC), Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público de Contas do Estado, OAB-SC, União de Vereadores (Uvesc), Observatório Social do Brasil em Santa Catarina (OSB/SC).
Ainda não
Habeas corpus solicitado pelo prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella (PP), afastado do cargo no início de dezembro, foi negado pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio Noronha. Fontanella deixou o cargo depois de um pedido do Gaeco, que realizou uma operação que investiga irregularidades na administração municipal, denominada Seguindo Rastro, e o vice-prefeito Pedro Barp Rodrigues (PP) está na interinidade do cargo desde então.
Somente usuários cadastrados podem postar comentários.