Itajaí

Bellini e mais quatro viram réus no caso da Porsche

Teria rolado tráfico de influência para aprovação irregular de projeto

Para o MP, Jandir Bellini (foto) teria facilitado trâmites para o cunhado Ênio Casemiro, consultor de uma construtora
Para o MP, Jandir Bellini (foto) teria facilitado trâmites para o cunhado Ênio Casemiro, consultor de uma construtora
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Oex-prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP), o cunhado dele, Ênio Casemiro, e o ex-secretário de Urbanismo, Paulo Praun Cunha Neto, vão responder por improbidade administrativa em caso envolvendo supostas irregularidades na aprovação de um empreendimento da construtora Carelli, que seria construído do morro Cortado, na praia Brava. O empresário Dalmo Junios Carelli também virou réu na ação.

A acusação foi feita em ação civil do ministério Público, cuja denúncia foi aceita na última quarta-feira pela juíza Sônia Moroso Terres. Com o avanço do caso, cujas investigações rolam desde 2016, ...

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A acusação foi feita em ação civil do ministério Público, cuja denúncia foi aceita na última quarta-feira pela juíza Sônia Moroso Terres. Com o avanço do caso, cujas investigações rolam desde 2016, os acusados se tornam agora réus no processo.

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Conforme a denúncia da promotoria, Jandir, Ênio e Paulo teriam favorecido a tramitação e aprovação do empreendimento. O projeto da francesa Porsche previa a construção de quatro torres com 33 andares cada, somando 740 apartamentos no meio da morraria da Praia Brava.

A área é de mata e, por isso considerada intocável. Em 2017, uma liminar proibiu a prefeitura de dar a licença de construção, considerando que a obra afetaria a área de conservação da Mata Atlântica.

A acusação aponta que Ênio, mesmo sem formação em engenharia ou arquitetura, foi contratado pela construtora Carelli, responsável pela execução do projeto da Porsche, pra encaminhar a aprovação prévia da construção junto à prefeitura. A contratação teria custado quase R$ 700 mil à empresa.

A ação do MP busca a condenação por improbidade administrativa e a aplicação de multa e indenização por dano moral coletivo. A acusação é de que teria havido tráfico de influência para a aprovação irregular do projeto.

No entendimento da juíza, o contrato é uma das provas de que o parentesco de Ênio com o então prefeito Jandir, bem como sua influência política como ex-vereador, teriam sido usados para conseguir a aprovação do projeto das torres.

A prefeitura ainda teria autorizado o prolongamento da rua que daria acesso ao empreendimento, além de mudar o zoneamento pra enquadrar o terreno como área urbana. Esses favorecimentos motivaram a ação do ministério Público.

Em agosto de 2015, Ênio já tinha sido citado na operação Dupla Face, deflagrada pelo grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). A operação desmontou um esquema de corrupção na prefeitura, inclusive com envolvidos da secretaria de Urbanismo, que receberiam propina pra aprovação de projetos.

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O que dizem os advogados dos réus

O advogado Luiz Magno, que atua na defesa de Jandir Bellini, considerou que o ajuizamento da ação seguiu o que era esperado. Ele destaca que o ex-prefeito está tranquilo quanto ao processo, uma vez que sempre colaborou pra que as questões fossem esclarecidas.

Luiz defende que o parentesco de Jandir não interferiu no trâmite do projeto, que o ex-prefeito não teve participação no caso e que a rua não foi aberta em função do empreendimento. “O ex-prefeito Jandir não participou de qualquer tipo de interferência relativa ao empreendimento”, garante.

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O advogado afirma que só agora, nessa fase do processo, é que a justiça vai tentar juntar as provas das alegações do ministério Público. Ele adianta que as eventuais provas serão contrapostas com argumentos e depoimentos de testemunhas dentro da estratégia de defesa.

O advogado Nilton Macedo Machado, um dos defensores da construtora Carelli e do empresário Dalmo Carelli, disse que já esperava que a ação fosse aceita porque é o comum em casos de improbidade. Ele comentou que vai esperar o prazo da citação e que a defesa deve reunir novos argumentos contra as acusações. Uma das possibilidades é que haja recurso junto ao tribunal de Justiça.

O advogado Leonardo Costella, representante do ex-secretário de Urbanismo, Paulo Praun, informou que teve conhecimento da decisão da justiça mas que ainda não foi intimado. “Não concluímos a análise e por isso não iremos comentar sobre a referida decisão”, ressaltou.

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O DIARINHO tentou contato com a advogado Claudinei Fernandes, que atua na defesa de Ênio. Ele ficou de retornar a ligação, mas não respondeu até o fechamento da matéria.






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