Um dos acusados da morte do engenheiro Sérgio Renato Silva, que aconteceu em fevereiro de 2017, na praia Brava, em Itajaí, teria feito delação premiada ao Gaeco. Ele teria afirmado que um dos mandantes do assassinato foi o vereador Moacir Schmidt, o Moacir da Antártica (PSDB). A delação é de Celso Machado, o Paulista, réu confesso e apontado pela polícia como o intermediador do crime. Celso teria dito que foi contratado por Vera Lúcia da Luz e o namorado dela, o empresário Milton Marin Gomes, a mando do vereador Moacir. Celso estava preso desde o início do ano, mas ganhou a liberdade em outubro, quando teria assinado o acordo de delação. Os supostos motivos que o vereador teria para mandar matar o engenheiro ainda não foram explicados. Moacir prestou depoimento ao Gaeco duas vezes. O DIARIão conseguiu conversar com o vereador na noite de ontem, mas o assessor dele informou que Moacir não vai se manifestar, mas que esta confiante em provar a inocência. Ele também afirmou que o vereador não foi intimado sobre a possível delação premiada de Celso. O advogado Alex Romito, que representa o vereador, não atendeu as ligações da reportagem. O advogado de Verinha, Guilherme Stinghen Gottardi, informou que a delação está em sigilo e os advogados ainda não tiveram acesso aos documentos. Rolos na construção civil Verinha virou ré no processo do assassinato do engenheiro no meio do ano. Além do assassinato, o MP acusou Vera de participação em fraudes de vários projetos de construção aprovados em Balneário, inclusive com a falsificação de assinaturas de Sérgio, que foi diretor de projetos da secretaria de Planejamento por 16 anos. A denúncia do MP aponta que Verinha teria mandado matar o engenheiro para que ele não desmascarasse as fraudes que praticava com o nome dele. O engenheiro descobriu no final de 2016 que sua assinatura foi falsificada em projetos e vinha apurando a fraude, após deixar o cargo no final de janeiro do ano passado. No dia 22 de fevereiro de 2017, ele foi executado a tiros no quintal de casa, na Praia Brava, em Itajaí. Pela investigação, a empresária teria contratado Paulista pra organizar e executar o assassinato. Leandro Ribeiro, autor dos disparos, e Guilherme Kurt Habeck estão presos respondendo pelo assassinato. Ontem, o MP apresentou as alegações finais à justiça.