Itajaí
Restos de construção caem na casa de vizinhos
Problema acontece em obra da rua Florianópolis, no bairro Fazenda
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A família do cozinheiro Ademir Malaquias, 54 anos, não vive mais tranquila na casa onde mora na rua Florianópolis, no bairro Fazenda, em Itajaí. Os problemas começaram há cerca de três anos, com a construção do residencial You! New Style, da Passe Empreendimentos. Desde então, Ademir e vizinhos têm sido prejudicados com as obras. Rachaduras, cimento, pedras e placas de reboco caem no terreno. O telhado e a cobertura da garagem foram detonados com a queda de vergalhões. “Imagina se uma barra de ferro cai na cabeça de alguém!”, diz o morador, preocupado com incidentes mais graves. Ademir conta que, durante o vendaval em abril, 18 vergalhões de ferro foram parar em cima da casa dele, detonando a cobertura. As telhas foram trocadas pela empresa, mas os restos de construção ainda continuam caindo do alto do prédio, que tá quase levantado. As trincas e rachaduras provocam infiltrações dentro da residência, que fica ao lado do paredão da obra. A limpeza tem que ser diária. Móveis e o piso se estragaram pela umidade. A garagem onde Ademir deixa o carro tá toda furada pela queda dos ferros. Por sorte, o veículo não foi atingindo até agora. Mas o cercado da piscina não escapou dos danos. Ademir tem mantido a própria piscina coberta para não cair sujeira dentro. A laje onde ele deixava as roupas no varal e guardava materiais não tá sendo mais usada com medo dos materiais que caem. Família com medo Ademir relata que mudou o quarto do andar de cima para o piso térreo porque tem medo. “Qualquer ventinho a gente já fica preocupado”, comenta. O caso foi parar na justiça. Ademir entrou com uma ação de embargo contra a empresa. O empreendimento chegou a ficar 21 dias embargado, mas a construtora recorreu ao Tribunal de Justiça e conseguiu retomar o serviço. A decisão tá sendo contestada. A cada problema, Ademir faz fotos e vídeos e junta a provas ao processo. Ele espera por uma indenização pelos danos causados pela obra. Ao menos depois do início da ação, há três meses, a empresa colocou redes de proteção ao redor da estrutura, conta o denunciante. Mesmo assim, ainda cai cimento, brita e pedaços de ferro. O caso foi denunciado ao Ministério Público. A diretoria de Controle Urbano da secretaria de Urbanismo irá checar a denúncia do seu Ademir. O DIARINHO tentou falar com a advogada Lola Pergher, que defende a empresa na ação. Ela ficou de retornar a ligação, mas não retornou até o fechamento da matéria.
 
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