Itajaí
CPI do Navegay é arquivada e provoca quebra-pau na câmara
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
O plenário da câmara de Vereadores de Navegantes virou um octógono de a noite de ontem. Depois que a maioria dos membros da CPI que investigava supostas camangas com dinheiro público no Navegay decidiram arquivar o processo, três pessoas se pegaram na porrada: o secretário de Saúde e ex-vereador Cidinho Pera, seu cunhado, o estivador Ivan Júnior, e Júlio César Bento, que tem uma página no Facebook. A primeira confusão começou logo depois da votação pelo arquivamento das investigações da CPI do Navegay. Como o povo começou a chiar pelo resultado, o presidente da casa, Samuel Paganelli, suspendeu a sessão por 15 minutos. O plenário estava lotado e havia muita gente fora da câmara. Porradaria Foi quando Cidinho e Júlio César começaram um bate bocas. A discussão evoluiu rapidinho pra empurrões e chutes e antes que ficasse pior, a turma do deixa disso separou os dois. O secretário de Saúde saiu do plenário. Antes que pudesse se recuperar da primeira luta, Júlio teve que enfrentar mais um round. Agora, o adversário foi Ivan Júnior. O cunhado do secretário entrou no plenário e teria partido pra cima de Júlio. Dessa vez a porrada foi ainda mais feia, com socos e chutes pra todos os lados. Até uma garota, filha do presidente da Casa, teria apanhado junto. A polícia Militar só apareceu depois que a confusão acabou e os envolvidos na brigaçada foram embora. Segundo leitores, boa parte das pessoas que lotaram a câmara eram cargos de confiança do prefeito Emílio Vieira (PSDB), entre secretários, diretores e gerentes. A investigação começou em abril deste ano, depois de um pedido de abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) pelos vereadores Cirino Adolfo Cabral (PMDB), Murilo Cordeiro (PT), Jassanan Ramos (PMDB) e Paulinho Melzi (PSD). Eles apresentaram documentos que mostravam que a prefeitura contratou por R$ 55 mil uma empresa de segurança sem fazer licitação. A contratação foi durante o Carnaval. Há ainda licitações de serviços genéricos, discordâncias em datas de documentos de despesas e outros problemas, informou o vereador Cirino Cabral. A CPI foi formada por Paulo Ney Laurentino (PSDB), como presidente, o peemedebista ou Cirino Adolfo Cabral, como relator, e Zé do Bairro São Paulo (PSD). Apesar do relatório de Cirino apontar supostas irregularidades, os outros dois membros da comissão decidiram pelo arquivamento do processo. No plenário, a maioria dos vereadores decidiu que o relatório não seria colocado em votação e que seria acatada a determinação da maioria da CPI, ou seja, o arquivamento do processo. A partir daí, o clima esquentou na plateia.