Um professor da escola municipal José Elias de Oliveira, no bairro Minas, em Ilhota, foi afastado por ter passado um filme impróprio para adolescentes com idade entre 13 e 14 anos. O caso foi investigado pelo conselho Tutelar da cidade, virou polêmica na câmara de Vereadores e chegou ao ministério Público.
Nas redes sociais, onde a polêmica também se espalhou, consta que o professor C. passou um filme pornô numa aula de Ciências, sob alegação de falar sobre a prevenção de AIDS. A denúncia chegou ao conselho ...
Nas redes sociais, onde a polêmica também se espalhou, consta que o professor C. passou um filme pornô numa aula de Ciências, sob alegação de falar sobre a prevenção de AIDS. A denúncia chegou ao conselho Tutelar em 24 de outubro.
O filme é o “Holding Man” (“Os entendidos”, na versão brasileira). Não é um pornô. É um drama que mostra as dificuldades de dois rapazes que se relacionam. O filme, de 2015, é uma produção australiana. O problema é que a classificação etária é para maiores de 18 anos, já que tem cenas não explícitas de sexo.
A denúncia chegou ao conselho Tutelar pelo “Disque 100” do ministério da Justiça, contou uma conselheira Tutelar. A partir de então as investigações começaram e, segundo a conselheira, tanto a direção da escola quanto a secretaria de Educação tentaram abafar o caso. “Disseram que o professor usou uns 10 minutos do filme, mas os adolescentes relataram que foi a aula inteira. Uma menina inclusive disse que queria sair da sala e o professor não deixou”, informou a conselheira.
O autor da denúncia no ‘Disque 100’ foi o advogado Aurélio Marcos de Souza, ex-procurador da prefeitura. “Uma estudante me passou mensagem pedindo se eu podia ajudar. Disse que um professor teria passado um filme pra explicar sobre AIDS. Mas era um filme homossexual e tinha penetração em grupo”, contou Aurélio.
O vereador Rogério Flor (PT) também levou o caso pro plenário da câmara depois de ver a polêmica nas redes sociais. “Fui conversar com a secretária de Educação e ela disse que estavam tomando providências. Então fiz um requerimento verbal na câmara e pedi a presença da secretária para trazer uma explicação”, disse.
Até ontem, no entanto, a secretária não pintou na câmara e o vereador pretende agora aprovar um requerimento formal exigindo a presença dela.
Na secretaria de Educação foi informado que a secretária Andreia Quintino não estava, mas que retornaria a ligação. Até o fechamento desta edição, a secretária não havia ligado. Na escola, ninguém atendeu ao telefone.