Acusado de matar a mãe e o padrasto, em crime ocorrido em 2015, em Itapema, Diego Fernandes de Souza, 34 anos, vai agora envelhecer na prisão. Ele foi condenado a 52 anos de cadeia pelo juiz Marcelo Trevisan Tambosi, depois que um júri popular o considerou culpado pelos assassinatos.
O duplo homicídio aconteceu por volta das quatro da madrugada de 23 de julho de 2015. Diego, que era viciado em drogas, matou o casal num apê da rua 402, no bairro Morretes. Usou duas facas para o ...
O duplo homicídio aconteceu por volta das quatro da madrugada de 23 de julho de 2015. Diego, que era viciado em drogas, matou o casal num apê da rua 402, no bairro Morretes. Usou duas facas para o crime.
As vítimas foram a servidora pública federal aposentada Marilci Vital Fernandes, 62, e o comerciante Jaime de Souza, 65, padrasto do assassino. Na ocasião, Diego tava preso em Curitibanos, mas tinha ganhado uma saída temporária por sete dias.
Na acusação, a promotoria ressaltou que Diego usou meio cruel e que o crime se tratou de feminicídio, isto é morte de uma mulher motivada por ela ser mulher. O agravante pesou para que houvesse o aumento da pena do acusado. Já o homicídio contra Jaime foi qualificado por ter sido praticado com meio cruel, sem dar chances para a vítima se defender, também contribuindo para aumentar os anos de reclusão. A defesa ainda pode apelar da sentença.
Mais de 20 facadas
Diego foi preso em flagrante pela polícia Militar na época do crime, numa rua perto da residência da família, com as mãos cortadas e ensanguentadas. A suspeita é que ele tivesse drogado quando cometeu os assassinatos. No quarto, foram achados cachimbo de crack, garrafa de vinho e champanhe.
Ainda no apartamento, havia duas facas, sendo uma de cortar pão e outra maior, com manchas de sangue. A PM foi chamada depois que vizinhos ouviram os gritos das vítimas dentro do apartamento. De acordo com a promotoria, Diego investiu primeiro contra a mãe, usando as duas facas de cozinha. Ele deu mais de 20 facadas na mulher, que atingiram diversas partes do corpo. Em seguida, atacou o padrasto. Eles não resistiram aos ferimentos e morreram no local.
Na época, familiares contaram que a família mantinha contato por telefone com Diego. A informação é que ele tava bem, ficando um tempo sem beber ou usar drogas. Por isso, o crime pegou todos de surpresa.
Na ficha criminal, o rapaz tinha passagens por roubo, tráfico de drogas, atentado violento ao pudor e lesão corporal, entre outras. Em uma das passagens, Diego foi denunciado pela própria mãe, por furtar a casa dela. Ele era natural de Florianópolis. O pai morava em São José e tinha um irmão que vivia em Porto Belo.