A divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú indiciou 104 integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Eles são acusados de participar dos atentados a prédios das forças de segurança, de atacar casas de agentes, além de terem matado um policial Militar de Camboriú e decapitado um rival. O inquérito tem 1593 páginas e já foi enviado à justiça.
As investigações tiveram início em junho e culminaram com a deflagração da Operação Hidra de Lerna no dia 8 de setembro. Na época mais de 200 policiais civis cumpriram 72 mandados de prisão e de busca ...
As investigações tiveram início em junho e culminaram com a deflagração da Operação Hidra de Lerna no dia 8 de setembro. Na época mais de 200 policiais civis cumpriram 72 mandados de prisão e de busca e apreensão em Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema, Navegantes, Penha, Balneário Piçarras e Joinville.
Os criminosos, entre líderes do bando e integrantes do segundo escalão da facção criminosa, foram indiciados por associação criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção de menores.
Segundo a polícia, no inquérito há muitas provas do envolvimento dos 104 suspeitos na série de ataques no final de agosto e início de setembro.
Como o ataque aoônibus de estudantes de São João Batista, que foi cercado por 10 criminosos na avenida Contorno Sul, próximo da Univali de Itajaí, no dia 1º de setembro.
Também o ataque ao quartel da PM de Balneário Piçarras e ao fórum de Tijucas, entre outros feitos no primeiro final de semana de setembro.
O inquérito policial foi encaminhado ao fórum de Navegantes, onde as investigações iniciaram.
Mataram PM e decapitaram jovem
Foram esclarecidos ainda várias tentativas de assassinatos e execuções nas cidades de Camboriú, Navegantes e Joinville. As provas estão sendo compartilhadas com as delegacias que estão investigando os casos.
Entre os crimes solucionados está a execução do sargento da reserva da PM de Camboriú, Edson Abílio, 51, morto no dia 30 de agosto. O sargento trabalhava como segurança na padaria Tripão, no bairro Tabuleiro, quando foi executado com três tiros à queima-roupa. O atirador fugiu com o comparsa em um Monza.
O grupo também é responsável pela execução de Felipe Carvalho, 22 anos, que foi decapitado e teve as mãos cortadas. Os membros foram encontrados por moradores da avenida João da Costa, na Alameda Estudantil, do ladinho do cemitério do bairro Rio do Meio. O restante do corpo foi escondido em um matagal. Ele integrava a organização criminosa, mas foi acusado de furto pelo bando.