A crítica de uma aluna de 17 anos contra proibições do colégio Univest, em Lages, rendeu uma suspensão pra estudante e muita polêmica dentro e fora da instituição. A garota foi afastada por dois dias das aulas e ainda proibida de renovar a matrícula para o próximo ano. O caso começou quando a aluna reproduziu nas redes sociais um ofício do colégio proibindo o ensino de vários temas em sala de aula. Na lista proibida, a instituição dizia que na escola não se poderia falar sobre sexo, ideologia de gênero, ativismo gay, comunismo, esquerdismo e religião. “2017, a nova idade média. (Pasmem, isso é real)”, publicou a jovem no Facebook. A postagem rendeu centenas de comentários e quase dois mil compartilhamentos. Com a repercussão, a aluna foi chamada no dia seguinte pela direção da escola e levou um gancho por “denegrir a imagem do colégio nas redes sociais”. Uma amiga da garota que comentou a postagem também foi suspensa. “Eles falaram que era errado a gente expor o colégio. Eu não reconheço essa suspensão, porque ela é sem sentido. Minha mãe também não. Ela ficou indignada. Isso desencoraja os alunos a exporem sua opinião. Um ato de retrocesso”, comentou a estudante sobre o episódio. A estudante explicou que o documento foi entregue em sala de aula para os alunos lerem e encaminharem aos pais. Muitos estudantes ficaram surpresos porque no começo do ano, a turma chegou a ter aula sobre diversas religiões. A mãe da jovem também ficou chocada com a repressão. O centro Universitário Facvest, ao qual o colégio está ligado, se manifestou dizendo que “toda ação tem uma consequência”. O reitor Giovani Broering ainda disse que “o tema sexualidade deve ser discutido na família, pois a escola só ensina ciência.”