Itajaí
Vereador de Balneário diz que gibis da Mônica têm “ideias malditas” e são um “crime”
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
A intolerância sobre os debates chamados de gênero sobrou agora até pra simpática Turma da Mônica. Um vereador de Balneário Camboriú se manifestou nas redes sociais dizendo que duas histórias do gibi são do mal. “Ideias malditas” e “este crime” são expressões que o vereador usa para atacar os conteúdos. A reação às histórias da Turma da Mônica é do vereador evangélico Omar Tomalih. Ele até faz uma campanha para que seus seguidores compartilhem a postagem onde ataca as histórias em quadrinhos, sem imaginar que elas foram publicadas há 20 anos. Uma das histórias mostra a Mônica e o Cascão conversando com o Papai Noel. Eles dizem que o Cebolinha queria ganhar uma boneca de presente de Natal e que compraram o presente que o amiguinho pediu. O Papai Noel, por sua vez, não vê problema nenhum no brinquedo. Na outra história, Mônica pergunta para a amiguinha Magali o por que das meninas não terem uma torneirinha (órgão sexual masculino) e conclui que, mesmo se tivesse uma, não deixaria de ser menina. O DIARINHO ouviu especialistas em direito e psicologia sobre o assunto. Eles foram unânimes em dizer que não há nada de errado nas duas histórias, muito menos de criminoso. A reportagem também recebeu de Maurício de Sousa, o criador da Turma da Mônica, a seguinte nota: “Sobre história em quadrinhos da Turma da Mônica publicada há 20 anos” A Mauricio de Sousa Produções respeita a opinião de todos que convivem com nossos personagens há mais de 55 anos. Respeito às diferenças, aos direitos da criança, inclusão, amizade, valores familiares e tolerância fazem parte da nossa história. Lamentamos que algumas de nossas histórias estejam sendo retiradas do contexto com o objetivo de ataque aos valores que nos são tão caros. A história que vem chamando a atenção nas redes sociais foi publicada há 20 anos e expressa uma curiosidade natural das crianças sobre as diferenças entre meninos e meninas, não se vinculando a nenhum tipo de corrente ideológica.” Na edição de amanhã você lê mais detalhes sobre a polêmica.