Itajaí

Casal é indiciado em caso de suco envenenado

Marido e mulher são acusados de provocar morte de menino de oito anos

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O Ministério Público denunciou não apenas uma, mas duas pessoas pelo assassinato do menino Misael José da Silva, 8 anos. A criança morreu em setembro do ano passado após beber suco envenenado. O crime aconteceu na rua Ivo Stein Ferreira, no bairro São Vicente. Além do contador R.S.L., apontado como principal suspeito, a justiça denunciou também a esposa dele, a manicure L.P.L. Eles queriam se vingar de Jeferson Coelho da Conceição, 21 anos, por achar que ele havia furtado na residência deles, um mês antes. Por isso, mandaram pra casa do cara seis caixinhas de suco envenenado. Mas foi a criança quem morreu. Pela denúncia do MP, o casal pensou e pôs em prática todo o plano pra acabar com a vida de Jeferson. O motivo: em 27 de agosto do ano passado, o rapaz teria invadido a casa deles, no bairro São Vicente, e furtado uma porção de objetos, entre eles um anel que pertencia ao filho já falecido do casal. Pra se vingar de Jeferson, R. e L. compraram seis caixinhas de suco e colocaram na bebida uma substância chamada Terbufós, que é um pesticida baita tóxico. Segundo o Ministério Público, além do suco envenenado o casal enviou uma correspondência falsa, com o timbre do fabricante da bebida e tudo, informando que aquela era uma amostra grátis do produto. As caixinhas de bebida teriam sido postadas por R., via Sedex, na agência dos Correios de Camboriú, em 26 de setembro de 2016, exatamente às 13h48. Foi por meio das características físicas descritas nas imagens das câmeras dos Correios que os policiais da Divisão de Investigações Criminais (DIC) identificaram o suspeito. A encomenda chegou à casa de Jeferson, na rua Olavo Bilac, no Rio Bonito, no dia 28 de setembro. Nesse mesmo dia, o rapaz teria bebido o suco e oferecido a Misael, vizinho dele e que brincava na rua com outras crianças. Ambos tiveram intoxicação, mas Jeferson levou mais sorte. Ele foi encaminhado às pressas ao hospital Marieta Konder Bornhausen, onde passou por uma desintoxicação. Já Misael não resistiu. Advogado nega envolvimento do casal O advogado do casal, dotô Valdir Nahring, sustenta que eles são inocentes e que jamais armariam nada semelhante contra R. “É um rapaz formado, um contador que trabalha pra várias empresas. Não teria qualquer motivação pra fazer o que dizem que ele fez”, defende Nahring, que nega, inclusive, o suposto furto à casa dos suspeitos. “Alegaram que o Jeferson teria arrombado a casa deles. Isso não houve. Não existe furto”, acrescenta. Pro advogado, não existe qualquer perícia conclusiva a respeito da participação de R. ou da esposa no crime. Segundo ele, há mais de 100 documentos e outras provas capazes de inocentar a dupla. “No dia em que alegam que ele postou a encomenda, meu cliente estava, na verdade, em Itapema, atendendo a uma empresa. Ele tem um documento público que comprova isso”, revela o representante. Pai quer justiça Viver pra fazer justiça. Desde setembro de 2016, esse tem sido o desejo do zelador Davi Otávio da Silva, 29 anos, pai do pequeno Misael. Ele não tem dúvida de que R. e a esposa, L., são os responsáveis pela morte do filho. “A defesa deles é totalmente baseada em mentiras”, protesta o pai. Misael morreu 45 dias depois de completar oito anos de idade. Na época da tragédia, era o filho único do zelador, que agora tem uma herdeira de dois meses. Segundo Davi, os últimos dias da família têm sido de muita dor, mas também de muita fé. “Quem tem lutado por justiça sou eu. A minha esposa nem gosta de tocar no assunto. Ela sempre diz que não devemos esperar nada da justiça da terra, e sim da justiça divina”, conclui o pai.






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