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próximo dia 30 de setembro a morte de Misael José da Silva, de oito anos, que morreu após ingerir um suco envenenado, completa oito anos. Desde então, o zelador Davi Otávio da Silva, 37 ...
próximo dia 30 de setembro a morte de Misael José da Silva, de oito anos, que morreu após ingerir um suco envenenado, completa oito anos. Desde então, o zelador Davi Otávio da Silva, 37 anos, espera por justiça pela morte do filho. O Ministério Público denunciou o casal suspeito em 2017, mas a família ainda aguarda a decisão judicial definitiva do julgamento pelo Tribunal do Júri.
Nesta sexta-feira, o MP informou ao DIARINHO que o processo está na fase de sentença. O juiz deve decidir se os acusados serão levados a julgamento popular. “Estamos esperando por justiça há muito tempo. A pandemia atrasou o processo, e até agora não temos uma decisão sobre o júri”, lamenta Davi.
O pai pede mais agilidade. “Estamos quase há 10 anos esperando por uma resposta. Que o juiz analise as provas e tome uma decisão para que o caso não se arraste por mais tempo”, desabafa.
O Tribunal de Justiça informou que o caso está na 1ª Vara Criminal de Itajaí, concluso para sentença de pronúncia. No entanto, não há uma data para o magistrado avaliar o caso. O TJ não informou o motivo para a demora na decisão sobre o caso ir ou não a júri popular.
Morte por engano
Em 2017, o MP denunciou R.S.L. e L.P.L. pelo crime. Eles teriam envenenado Misael ao tentar se vingar de Jeferson Coelho da Conceição, 21 anos, que teria furtado a casa do casal, levando um anel do filho já falecido dos acusados.
Segundo o MP, caixinhas de suco envenenadas com pesticida foram enviadas à casa de Jeferson. Ele e Misael, que brincava na rua, ingeriram o suco. Jeferson sobreviveu após dias internado, mas Misael morreu dois dias depois.
O casal teria enviado uma carta falsa junto ao suco, alegando ser uma amostra grátis pras famílias provarem. O envio foi feito por Sedex na agência dos Correios de Camboriú, em 26 de setembro de 2016, conforme mostram as imagens de segurança.
O advogado do casal, Valdir Nahring, já falecido, sustentou a inocência dos clientes e negou provas conclusivas contra eles.