Um poste de luz da rua José Copertino Chaves, no bairro Fazenda, em Itajaí, está há uma semana quase caindo. Ele foi atingido por uma caminhonete, que tentou fazer a curva próxima à escola estadual Nereu Ramos. Essa é só mais uma batida causada por excesso de velocidade na rua. Os comerciantes e moradores reclamam dos porradaços na via. O morador Josué Seara, 59 anos, artesão que trabalha com esculturas em madeira, tem uma loja na parte da frente da casa dele. Nos últimos anos, ele presenciou vários acidentes na porta da loja. Na noite de sexta passada, ele acordou com outro porradaço. Uma caminhonete se perdeu na curva e acertou o poste. A Celesc esteve no local, colocou uma escora e até agora não voltou para finalizar o conserto. Antes da porrada da semana passada, Josué já tinha presenciado um acidente em plena luz do dia. Um motorista acertou o muro de um prédio em construção. A batida aconteceu na hora do almoço e os pedreiros da obra dormiam na calçada, a cerca de um metro e meio do acidente. “Até que não aconteça algo grave, uma criança seja atropelada, parece que eles não vão fazer nada”, diz o escultor. Pra ele, a solução seria instalar duas lombadas, uma na esquina da rua José Copertino antes do Lar Padre Jacó e outra na rua Gregório Chaves, obrigando assim os carros a reduzirem a velocidade. Enquanto a prefa não resolve o problema, Josué resolveu o seu: colocou pedaços de madeira na calçada pra proteger a loja. Não é prioridade O coordenador da Codetran, Robson Alan Coelho, diz que foi feito um levantamento de acidentes na rua e o estudo mostrou que a José Copertino Chaves registra poucas batidas. Esse ano foram três. Robson explica que a coordenadoria está priorizando as ruas com maior número de acidentes, com registro de alta velocidade e mortes. “Estamos estudando alguma medida para a José Copertino Chaves, principalmente próximo ao cruzamento do Lar Padre Jacó, que é um ponto de conflito, mas será uma ação para o futuro, não para agora”, declarou. Não vai cair O poste atingido na semana passada, segundo o gerente da Divisão Técnica da Celesc, Luiz Carlos Xavier, 54 anos, deverá ser trocado em 20 dias. Ele foi colocado na programação da Celesc porque usará um caminhão especial que faz o serviço sem desligar a rede de energia da região. Xavier diz que não há risco do poste cair.