Itajaí
Justiça suspende saída de presos em Itajaí
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Os atentados que acontecem na região há uma semana fizeram com que a justiça suspendesse as saídas temporárias de presos dos cadeiões de Itajaí. A justificativa é que, com as saídas, os presos acabam repassando informações para a facção criminosa PGC. A decisão foi da juíza Claudia Ribas Marinho, da Vara de Execuções Penais da Comarca de Itajaí, que suspendeu as saídas temporárias dos presos do Complexo da Canhanduba e do presídio Regional de Itajaí. A medida é em caráter temporário e não há previsão para que elas retornem. A decisão foi uma resposta ao pedido do 1º Batalhão da Polícia Militar de Itajaí, após os atentados registrados ao ônibus de estudantes de São Joao Batista e os tiros contra o prédio da 2ª Cia da PM. Para a magistrada, o incêndio ao ônibus de estudantes na avenida Contorno Sul e os disparo contra os prédios públicos evidenciam que muitas dessas ações partem de organizações que atuam dentro dos presídios. A medida “visa realizar o equilíbrio entre o direito subjetivo do preso com a proteção da ordem pública”. A juíza explica diz que “não se trata, em verdade, em revogar o direito a saída temporária, mas sim, desautorizá-lo no período em questão, considerando a conveniência da ordem pública”. Para a PM, a saída dos presos serviu para que eles trocassem informações e planejassem os recentes atentados. O tenente Eduardo Espíndola explica que a PM tomou conhecimento na terça-feira que 40 presos sairiam temporariamente dos presídios. “A princípio estamos tentando conter os atentados e reestabelecer a ordem pública. Com mais 40 pessoas na rua podendo planejar fazer algo não dava, por isso solicitamos a suspensão”, esclarece. Ataques na região Na sexta-feira da semana passada, um grupo de pelo menos 10 pessoas tacaram coquetéis molotovs em um ônibus de estudantes de São João Batista, na avenida Contorno Sul, bem pertinho da Univali. Os criminosos não esperaram os 44 universitários descer do veículo para incendiar o latão. Na noite de domingo, uma dupla de moto passou pela 2ª Cia da PM, no São Vicente, e mandou vários tiros contra o prédio. A PM perseguiu os suspeitos de terem cometido o ataque e matou dois que entraram em confronto com a polícia. Além desses ataques, a bandidagem tentou colocar fogo na base da PM de Piçarras, atirou duas vezes contra a delegacia de Proteção à Mulher, contra os fóruns de Navegantes e Tijucas. Atirou contra a casa de um policial civil de Camboriú e matou o sargento da reserva da PM Edson Abílio, 51 anos, também em Camboriú.