Itajaí
Vereador acusado de falsificação
Juíza considera que Thiago Morastoni falsificou assinatura e selo de cartório num documento de compra de barco
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

O vereador itajaiense Thiago Morastoni (PMDB) é acusado de falsificar as assinaturas de um comprovante de compra e venda de uma embarcação. O parlamentar teria adquirido o barco em 2012 de um empresário alemão. O vendedor entrou na justiça denunciando que sua assinatura foi falsificada e, após comprovação de perícia judicial, a juíza da 1ª Vara Cível de Itajaí confirmou a adulteração dos documentos. O vereador, que entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, nega a falsificação e afirma que o empresário é quem lhe deve dinheiro. O processo de ‘incidência de falsificação’ rola na justiça desde fevereiro de 2013. Em fevereiro de 2012, o empresário alemão Joseph Peter Stefan Lutz vendeu a Thiago Morastoni um barco. Segundo o empresário, Thiago teria dado sustado o cheque do pagamento da lancha. Na denúncia, o empresário diz que sua assinatura num aditivo de contrato de compra e venda da embarcação, apresentado por Thiago, é falsa. Em janeiro deste ano, depois de avaliar as provas e o laudo da perícia, a juíza Vera Regina Bedin considerou que não apenas a assinatura foi forjada no documento, como também o selo do cartório de reconhecimento de firma é falso. Thiago diz que é vítima Em nota ao DIARINHO, o vereador diz que em 2010 comprou uma pequena embarcação do empresário alemão, que tinha casa em Piçarras. “Semanas depois o mesmo senhor me contratou para ser seu procurador na locação de um imóvel que ele tinha em Blumenau”, contou. O barco teria custado R$ 70 mil, pagos em cheque. Já os honorários cobrados por Thiago, que é advogado, eram de R$ 20 mil. O vereador afirma que logo em seguida o alemão pediu o pagamento do barco em dinheiro, já que não tinha conta no Brasil. Por isso, argumenta Thiago, sustou o cheque. “Como ele me devia os honorários da prestação de serviço na locação, combinamos um aditivo no contrato de compra e venda da embarcação, alterando o valor e a forma de pagamento”, disse o parlamentar. Thiago afirmou que pediu o cheque de volta, mas foi “enrolado” pelo alemão, que acabou fazendo uma execução judicial do cheque tempos depois. Na sequência, o empresário entrou com a ação de “incidência de falsidade’ pra alegar que o aditivo do contrato é falso. O vereador alega ser vítima de um golpe. “Hoje, depois de levantar outras falcatruas do referido alemão, inclusive envolvendo venda de imóveis, percebo que a intenção foi desde o início conseguir o pagamento em espécie e ainda executar o valor do cheque”, completou.