Itajaí

Vai rolar pesquisa sobre as tartarugas de Penha

Projeto, além de estudar os hábitos dos animais, pode servir como base científica para a criação de parque municipal

Pesquisadores do projeto Tamar e da Univali iniciaram um trabalho para conhecer melhor as tartarugas marinhas que vivem nas praias de Penha. A intenção é observar a população de tartarugas-verdes, avaliar as condições dos animais e coletar informações sobre a alimentação e comportamento. A pesquisa deve servir como base científica para a criação do parque municipal da Ponta da Vigia, que, além da área terrestre, poderá ser ampliado para a área marinha. As praias de Penha foram escolhidas por ser um reduto da tartaruga-verde. Gilberto Manzoni, pesquisador e coordenador do campus da Univali em Penha, explica que até pouco tempo acreditava-se que a região era procurada pelos animais juvenis para se alimentarem. Porém, com o projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos foi constatado que há muitas tartarugas adultas vivendo nas águas de Penha. O que preocupa os pesquisadores é a quantidade de animais mortos que são recolhidos. Desde 2015, mais de 80% das tartarugas capturadas nas praias de Penha estavam mortas, muitas vítimas de redes de pesca. Foram 257 tartarugas recolhidas, 18 vivas e 239 mortas, de acordo com dados divulgados pelo projeto de monitoramento. “Infelizmente, a principal causa das mortes são as redes fixas, as feiticeiras, que são proibidas por lei”, diz. Com o levantamento que será realizado em parceria com o Projeto Tamar, os pesquisadores querem quantificar a população das tartarugas, estudar sua evolução e migração. Após ter essas informações, pretendem criar estratégias de proteção. “As tartarugas são também um produto de turismo natural da nossa região, que está sendo reconhecida pelo seu potencial ecológico e turístico”, explica o professor. Observadas A pesquisa começou com a captura de cinco tartarugas. Todas receberam uma anilha com número de série. Amostras dos animais foram retiradas para análises em laboratório. Jeferson Dick, coordenador da unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, conta que uma vez por mês os pesquisadores do Tamar voltarão à região para fazer novas marcações e analisar as tartarugas demarcadas. As primeiras análises vão ser nas praias do Cascalho e Paciência, mas devem se estender por toda a enseada da praia de Armação e até a praia Vermelha. O estudo será feito durante um ano. Além de conhecer melhor os animais, a pesquisa servirá como base científica para justificar a criação do parque municipal da Ponta da Vigia. “O trabalho do Tamar pode enriquecer a justificativa da criação do parque e talvez seja ampliado para uma área maior, que tenha a área de marinha dentro dele”, planeja Jeferson. Atualmente, o pessoal do projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos é quem acompanha os animais marinhos. Quando alguma tartaruga é recolhida viva, ela vai para a unidade de estabilização, onde passa por tratamento e depois é levada para o Tamar, em Florianópolis. Jeferson explica que as tartarugas recolhidas no litoral, 95% delas eram juvenis e da espécie verde. Mas já foram achadas tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-couro, tartaruga-oliva e a tartaruga-de-pente. Parque da Ponta da Vigia A criação da unidade de conservação Parque Municipal da Ponta da Vigia está prevista desde o Plano Diretor de 2007. Uma recomendação do extinto Conselho de Meio Ambiente (Condema) com um estudo técnico elaborado por professores da Univali foi entregue à prefeitura no início de 2017 explicando as etapas necessárias até a aprovação e implantação do parque. O parque ocupará uma área de 14,8 hectares no sudoeste de Penha, onde está localizada a praia da Paciência.



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