Itajaí

Atirou invés de pagar

Gurizão de 17 anos mete balaço no pescoço do taxista no fim da corrida

O taxista Volnei Basílio Charnesca, o Nei, 24 anos, que é do Balneário Camboriú, luta contra a morte. Ontem, ele recebeu um tirombaço no pescoço ao reagir a um assalto em Itajaí. O dimenor J.F.S., 17 anos, fugiu sem levar nada depois de disparar contra o motorista de praça. Ele foi preso logo em seguida pela polícia Militar peixeira no bairro Cordeiros, ainda perto do local onde atacou o taxista.

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Era perto da 1h da madruga, quando o dimenor chegou no ponto de táxi Trevo, que fica na avenida do Estado Dalmo Vieira, no Balneário, se fazendo passar por cliente. Ele combinou uma corrida até ...

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Era perto da 1h da madruga, quando o dimenor chegou no ponto de táxi Trevo, que fica na avenida do Estado Dalmo Vieira, no Balneário, se fazendo passar por cliente. Ele combinou uma corrida até a entrada da rua Francisco Reis, no bairro Cordeiros, na city peixeira. Os dois seguiram o caminho numa buena, como se fosse uma corrida normal.

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Ao chegar nos Cordeiros, Nei inocentemente foi cobrar a corrida. Foi aí que descobriu que se meteu numa enrascada. O passageiro puxou um revólver calibre 32 e anunciou o assalto. “Ele reagiu, tentou botar a mão na arma e eu puxei o gatilho”, contou o dimenor ontem pela manhã ao DIARINHO.

O adolescente tava na celinha da 2ª depê e aguardava pra sisplicar à dona justa na vara da Infância e da Juventude.

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Nei foi atingido no pescoço pelo balaço. Depois do disparo, J. teria saído correndo sem rumo pela avenida Reinaldo Schimithausen, a principal dos Cordeiros. O povão que ouviu os tiros e viu o suspeito na disparada, chamou a PM. O socorristas dos bombeiros militares chegaram a tempo de salvar o taxista e o levá-lo para o hospital Marieta Konder Bornhausnen. Nei passou por uma cirurgia durante a manhã pra retirada da bala. Depois foi transferido para a UTI.

A polícia Militar baixou no local e saiu à caça do bandido. Na rua Antônio de Souza, ainda nos Cordeiros, eles encontraram J. tentando se esconder nos fundos de uma casa. O dimenor assaltante ainda tava com o revólver e acabou confessando ter atirado no taxista.

J. foi levado à 2ª depê. O delegado Alan Pinheiro de Paula informou ao DIARINHO que a arma do dimenor tava com seis cartuchos. apenas um deles vazio. O delegado também confirmou que nada teria sido levado do taxista.

Só em Itajaí, informa a direção do sindicato dos taxistas peixeiros, rolam de dois a três assaltos a motoristas todo santo mês.

Dimenor diz que se arrependeu da caca

O dimenor J.F.S. aparentava tranquilidade quando conversou ontem com o DIARINHO. Apesar da calma, disse que se arrependeu de ter feito a caca. Ele admitiu já ter cometido assaltos, mas disse que nunca tinha chegado tão perto de matar alguém. “Nunca tinha assaltado taxista, foi a primeira vez”, disse. A polícia confirma que o garoto já tem passagens pelo centro de Internamento Provisório (CIP), mas não divulgou por quais tretas.

O adolescente, que vai fazer 18 anos no dia 6 do mês que vem, afirmou que não tava drogado quando cometeu o assalto. J. admitiu que não trabalha, contou que mora na região do Brejo, nos Cordeiros, e disse que estuda no 1° ano do ensino médio numa escola do São João, mas não soube dizer o nome do colégio.

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Chefões dos sindicatos dos taxistas de Itajaí e do Balneário vão pedir socorro pra PM

Ismael Rosa, presidente do sindicato dos Taxistas do Balneário Camboriú, e Orli Antônio Pacheco, o Lico, chefão do sindicato dos motoristas de praça de Itajaí, disse que não vão deixar passar batido mais esse crime contra os trabalhadores. Eles pretendem procurar o comando dos batalhões da polícia Militar e pedir que as patrulhas em ronda passem a abordar os taxistas que circulem pelas periferias ou locais suspeitos. “Com isso o bandido não vai mais querer pegar táxi”, acredita Ismael.

Lico diz que várias vezes já procurou e entregou aos comandantes da PM peixeira um documento oficial pedindo que os policiais em ronda passem a parar e a vistoriar os táxis com freqüência. “Agora vou procurar esse novo comandante e fazer o pedido de novo”, promete. “A abordagem da polícia vai nos beneficiar”, reforça.

Os dois dirigentes sindicais também pretendem pedir socorro pra polícia Civil. “Vou procurar o doutor Rui e conversar com ele. São muitos assaltos”, diz Lico, referindo-se ao delegado Rui Garcia, chefão da delegacia Regional de polícia Civil, de Itajaí.

Ismael quer também pedir pras otoridades mais blitzes, principalmente nas saídas da cidade e na divisa com a vizinha Camboriú.

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Nei era taxista novo

Ismael Rosa, chefão do sindicato dos Taxistas do Balneário, não sabia do ataque ao colega Nei quando foi contatado pelo DIARINHO ainda pela manhã. “Ele é jovem. Pra mim foi uma surpresa”, disse, perplexo, completando: “Até agora não comunicaram nada pra mim”. O sindicalista contou que Nei tá há pouco tempo na atividade. Estaria na profissão no máximo há um ano e meio.

Nei mora no Monte Alegre, em Camboriú, e trampa no ponto Trevo, que fica na avenida do Estado Dalmo Vieira, no centro do Balneário. Ontem, durante a manhã e à noitinha, ninguém atendeu ao telefone do ponto.

Taxista ensina o que fazer pra não cair nas garras dos bandidos

As mais de quatro décadas de profissão do taxista Orli Antônio Pacheco, o Lico, 65 anos, lhe deram uma certeza: não se deve reagir a um assalto. Lico, que é presidente do sindicato dos Taxistas de Itajaí, teve a sorte de apenas uma vez passar por perrengue com bandidos. “Não se se foi a luz divina, se foi o cuidado que eu tomo ou as das coisas”, brinca.

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Pro velho motorista, que tem carro no ponto da praça Vidal Ramos, no centrão de Itajaí, há algumas artimanhas que ajudam a evitar que o taxista caia na mão dos bandidos. “Primeiro nós temos que ser um pouco psicólogos”, diz, sugerindo sempre uma avaliação do passageiro. “Até o andar e a vestimenta de quem não presta já é diferente”, lasca. Pra ele, o motorista deve negar a corrida quando suspeitar de alguém. “É um direito dele (do taxista)”, faz questão de dizer.

Outra pedida que garante a segurança do taxista é não fazer ponto em lugares suspeitos ou que tenham histórico de encrenca. “Eu nunca vou no Tiradentes e nem no Kubanacã”, afirma, referindo-se aos dois dos mais populares bate-coxas da cidade, que ficam no bairro São João e em Cordeiros, respectivamente. “De noite, eu só faço o salão do Juca e o da Fazenda, porque lá você não vê gente com drogas, agarra-agarra pela lado de fora”, comenta.

Lico também faz questão de dizer que o motorista de praça jamais deve se sujeitar a fazer algo ilícito, como levar um viciado pra comprar drogas, por exemplo. “Se o cidadão pede pra eu ir numa boca, eu não vou”, ensina.




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